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“A sorte foi o vento que sobrou ao contrário”, diz chefe do Parque das Confusões após incêndio ser controlado

O incêndio no Parque Nacional da Serra das Confusões, que já dura 12 dias, foi controlado. A informação foi confirmada na manhã desta quarta-feira (18) pelo chefe do parque, José Wilmington Paes Landim, o Mitinha. O fogo teve início no final do mês passado, mas se alastrou e chegou dentro da unidade de conservação. A região que foi destruída fica na área Norte do parque, do lado do município de Canto do Buriti (a 405 km de Teresina).

Mitinha disse que não sabe o tamanho da área destruída pelo fogo e que será feito um levantamento para saber sobre as mortes de animais e a vegetação queimada. Ele informou que a mesma região em 2019 sofreu incêndio de grandes proporções, chegando a usar um helicóptero para conter as chamas.

“O incêndio foi controlado ontem e ajuda dos brigadistas do Ibama e do Parque Serra da Capivara foram fundamentais. A sorte foi o vento que sobrou ao contrário e se não fosse isso estava tudo perdido”, disse Mitinha.

Ele informou que a região enfrenta a baixa umidade e elevada temperatura.  “O clima estava muito seco, sol escaldante e umidade baixa e não conseguimos debelar o incêndio antes de chegar ao parque. Não precisou usar helicóptero, usamos carros e tivemos que reabrir estradas para se chegar até o incêndio”, disse o chefe do parque. 

Mesmo com o fogo controlado, os brigadistas permanecem na área para monitoramento dos focos de incêndios.

Os brigadistas estavam atuando com a ajuda de equipamentos via satélite.

Mitinha disse que não sabe ainda de onde partiu o incêndio, mas descartou a possibilidade de queimada de roça.

“Com certeza não foi queima de roças, pode ter sido um descuido de caçador que faz a comida e deixa a fogueira acessa ou algo proposital, mas será investigado”, disse. 

O Parque Nacional da Serra das Confusões foi criado em 1998 e com mais de 823 mil hectares é uma das principais unidades de conservação da Caatinga. O parque está localizado nos municípios de Alvorada do Gurguéia, Bom Jesus, Brejo do Piauí, Canto do Buriti, Caracol, Cristino Castro, Curimatá, Guaribas, Jurema, Redenção do Gurguéia, Santa Luz e Tamboril do Piauí. A Unidade de Conservação abriga algumas espécies em extinção como a jacutinga, onças parda e pintada, o veado-campeiro, o tatu-canastra, bola o tamanduá-bandeira e o guariba-preto.

O uso de fogo para o manejo de vegetação está proibido no Piauí. Uma portaria da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que entrou em vigor ontem (17) proíbe a utilização do fogo em vegetação até o dia 17 de novembro. A portaria revoga todas as autorizações de queima controlada emitidas pela Semarh para esse período. Confira aqui o documento na íntegra.

fonte: Cidade Verde

Redação

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