Por Adriana Magalhães
O grupo criminoso desarticulado hoje (15) por fraude corporativa contra lojas de departamento do Piauí chegou a faturar R$ 100 mil por semana com esquema criminoso.
O rombo foi encontrado pela auditoria interna do grupo empresarial vítima do esquema e informado à Polícia Civil, que iniciou a investigação há cerca de oito meses. Os indícios apontam que o esquema criminoso funcionava, pelo menos, desde 2021 e há provas de que outras empresas possam ter sido vítimas dessa quadrilha.
O delegado Anchieta Nery, do Departamento de Inteligência ds Policia Civil do Piauí, explicou como o esquema funcionava.
Fotos: Renato Andrade / Cidadeverde.com
“O grupo vitima possui uma frota de veículos robusta e possuem um departamento para realizar a manutenção desses veículos”, disse o delegado.
O delegado explicou ainda, que as peças adquiridas pelas empresas era superfaturadas, assim a empresa vítima pagava um valor maior do que o bem realmente vale. A diferença era dividida entre as pessoas envolvidas no crime.
Em outras frentes, a organização criminosa realizava emissão de notas fiscais frias na venda de produtos e serviços. E, ainda, subtraia produtos do almoxarifado do grupo empresarial. As empresas que participavam do esquema eram de pequeno porte e não tinham estrutura para movimentar os recursos que apareciam nas notas fiscais.
“Verificamos que as empresas investigadas tem pequeno porte e não possuem estrutura para faturar o montante encontrado nas notas fiscais.Em algumas empresas verificamos que foram emitidas notas fiscais sequenciadas para a empresa vítima e em outras não foram emitidas nenhuma nota para outro cliente, somente para o grupo empresarial que denunciou o crime”, disse o delegado Yan Braynne, diretor de Inteligência da Polícia Civil.
Ao todo foram presas 23 pessoas, suspeitas de participar do esquema criminosos que desviou mais de R$ 4 milhões.
Três delas são ex-funcionários de um grupo empresarial piauiense. Eles foram demitidos após a auditoria interna apontou irregularidade no seu setor de manutenção de veículos.
Os demais presos atuam em empresas cedidas em Teresina e no Rio Grande do Norte que faziam a emissão de notas fiscais superfaturadas e notas fiscais frias.
Fonte: Cidade Verde
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