O pente-fino realizado pelo INSS no auxílio-doença já resultou no corte de quase metade dos benefícios revisados. Desde o final de julho, foram analisados 238 mil auxílios, dos quais 133 mil foram suspensos, o que corresponde a 48,45% do total. A ação já gerou uma economia de R$ 1,3 bilhão, representando 55% da meta de R$ 2,9 bilhões que o governo pretende poupar até o final do ano.
O secretário do RGPS, Portal Adroaldo da Cunha, ressaltou que a revisão está em conformidade com a legislação previdenciária, sendo possível graças à Atestmed, sistema que agiliza a concessão de benefícios temporários. O sistema permite o envio de médicos atestados diretamente pelo Meu INSS, sem necessidade de perícia médica imediata. No entanto, fraudes decorrentes de atestados falsificados foram bloqueadas, como assinaturas repetidas e carimbos inconsistentes.
como evitar o corte
A convocação para a revisão é feita por meio de notificações no aplicativo Meu INSS, Central de Atendimento 135, cartas, SMS e publicação no Diário Oficial. Para evitar o corte do auxílio-doença, especialistas recomendam que os beneficiários mantenham seus dados e relatórios médicos atualizados, além de realizar consultas periódicas para garantir que os documentos estejam atualizados no dia com as exigências da perícia.
A advogada previdenciária Adriane Bramante alerta que laudos médicos desatualizados podem ser um fator de desconfiança para o INSS, prejudicando a manutenção do benefício. Por isso, é fundamental que a segurança tenha relatórios recentes, que comprovem a continuidade da incapacidade para o trabalho, para evitar o cancelamento do auxílio.
Fonte: Meio Norte