Um estudante universitário de Juiz de Fora (MG) ficou, sem saber, por quatro dias com uma bala alojada no crânio após ser atingido por um disparo em uma praia de Cabo Frio (RJ).
Mateus Facio, 21, estava com amigos na praia do Forte, na cidade do litoral fluminense, no início da noite de Réveillon, quando sentiu um impacto na cabeça.
“Foi tudo muito estranho. Não imaginávamos o que realmente tinha acontecido. A única explicação que encontrei naquele momento era de que eu havia levado uma pedrada. Mas procuramos e não encontramos nenhuma pedra no chão”, contou o estudante à reportagem.
O impacto fez uma pequena ferida na cabeça do estudante. Um médico que estava por perto olhou o machucado e sugeriu que o jovem procurasse um hospital caso sentisse tontura.
De Cabo Frio Mateus partiu com colegas para Búzios, distante cerca de 20 km, para passar o Réveillon. O estudante depois voltou a Cabo Frio, onde ficou até 2 de janeiro, e ainda sem sentir nada retornou a Juiz de Fora. O trajeto de 308 km foi feito em sete horas, quase o dobro do tempo normal, por causa de um engarrafamento. E também não sentiu nada na viagem, conforme conta.
No dia 4 de janeiro, depois de tirar um cochilo à tarde, o estudante acordou e sentiu uma fraqueza no braço direito. Foi com a mãe para o hospital, e exames constaram que Mateus tinha uma bala na cabeça.
A bala, que entrou pela parte superior traseira da cabeça, foi retirada em cirurgia. O estudante ficou seis dias no hospital e agora está em casa.
“A médica chegou para mim e disse que meu filho tinha algo inimaginável. Na hora fiquei sem chão. Achei que ele tinha uma doença. Nunca pensei que poderia ser uma bala”, conta Luciana Facio.
A mãe do estudante disse que o filho prestou depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais e que a corporação iria entrar em contato com autoridades em Cabo Frio para dar continuidade às investigações.
Mateus cursava administração em Juiz de Fora e em 2023 passou no vestibular para medicina. Fez matrícula no curso e aguarda o início das aulas. “Depois dessa passagem pelo hospital, acompanhando o dia a dia dos profissionais que me atenderam, tive mais vontade ainda de ser médico.”
Fonte: Cidade Verde
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