O mês de setembro, que marca o início do B-R-O Bró no Piauí, começa com alertas para riscos associados à baixa umidade em quase todo o estado.
De acordo com um comunicado do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), válido para esta segunda-feira (2), especialmente entre 13h e 19h, a umidade relativa do ar deverá variar entre 12% e 30%, o que aumenta o risco de incêndios florestais e problemas de saúde, como doenças respiratórias e dores de cabeça. As áreas afetadas são o Sudeste, Centro-Norte e Sudoeste do estado.
Para Teresina, a máxima de hoje é de 36ºC. Nos próximos dias, a temperatura pode chegar a 38ºC na capital e em demais municípios localizados no Norte do estado.
Enquanto isso, na região central do país, uma nova onda de calor deve elevar as temperaturas além da média histórica. As temperaturas podem aumentar entre 3ºC e 5ºC em estados como Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rondônia.
Em entrevista ao Meionews.com, o diretor de Prevenção e Mitigação da Secretaria de Defesa Civil e meteorologista Werton Costa explicou que a onda de calor não deve causar impacto no Piauí, que já sofre com o B-R-O Bró, que faz referência às últimas sílabas dos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, tradicionalmente a época mais quente do ano no estado.
“Até o momento, não há projeções de que a onda de calor atinja o Piauí com as características que definem o fenômeno, como um aumento considerável das temperaturas. Um acréscimo de 2ºC na temperatura média do Piauí é relevante, mas não é classificado como uma onda de calor”, afirmou.
Os meteorologistas geralmente consideram que uma onda de calor se configura quando as temperaturas permanecem pelo menos 5ºC acima da média por um período de cinco dias ou mais. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) define uma onda de calor quando há um aumento de 5ºC na temperatura em relação à média mensal, independentemente da duração.
Embora não seja inesperado que durante o B-R-O Bró deste ano sejam registradas temperaturas acima da média, nos últimos anos, diversos municípios já apresentaram temperaturas superiores à média histórica, como Picos e Teresina.
De acordo com o climatologista, o aumento de temperatura é uma evidência contundente de que estamos enfrentando um contexto de mudanças climáticas graves.
“Isso não é ideal, pois a média foi atualizada há pouco mais de quatro anos para calibrar em face das mudanças climáticas. Mesmo com esse ajuste, estamos apresentando temperaturas acima da média”, acrescentou.
Fonte: Meio Norte
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