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Vaquejada sem estrutura adequada termina com mais de 20 animais mortos no Piauí

Por Roberto Araujo

Uma vaquejada que aconteceu na localidade Pitombas, na zona rural de Sebastião Barros, município que fica localizado a cerca de 920 km de Teresina, terminou com cerca de 20 bois mortos. De acordo com denúncias feitas por vaqueiros que participaram da competição, o local não oferecia estrutura adequada durante as competições e também no curral de espera – onde os animais ficam quando não ocorre a vaquejada.

Um dos competidores que participou da disputa e não quis se identificar disse ao Cidadeverde.com que a pista tinha pouca areia – o que contribui com que os animais se machuquem. 

Na vaquejada, o objetivo é derrubar o boi em uma determinada área demarcada, que deve cair com as patas para cima. Com a quantidade adequada de areia, o risco de quebrar ou fraturar algum osso diminui. 

Segundo o vaqueiro, por conta da estrutura inadequada, muitos animais tiveram partes do corpo quebradas e, além disso, eram expostos ao sol na área de descanso, e não estariam recebendo alimentos e água regularmente. 

“Isso foi não só por falta de comida e água, e sim também pela irregularidade da pista com pouca areia, fora de condições. O local onde ficavam era inadequado, não tinha sombra, não fornecia água no período certo, nem comida. Hoje a vaquejada tem regras e preza principalmente pelo bem estar dos animais. Quando terminei de correr, não tinha água para lavar o cavalo e para ele beber (…) A pista estava muito irregular, alguns quebravam mão, pé (sic), e aí nem se preocupavam em tomar alguma providencia com esses animais”, denunciou.

Outro vaqueiro que também participou da competição e também não quis se identificar falou que o material na pista não era areia lavada – que é o que habitualmente se utiliza para diminuir os riscos de ferimentos mais graves aos animais. 

“Eles não cumpriram a regra da quantidade de areia que é obrigado ter na pista. Eles botaram um material que não era areia lavada. Sempre participei de vaquejadas, mas nunca vi isso acontecer”, desabafou.

Segundo os relatos, alguns vaqueiros desistiram de competir por conta da falta de condições adequadas, e outras categorias vencedoras decidiram dividir o prêmio da competição para auxiliar os donos de animais que tiveram prejuízos com a morte dos bois.

Cidadeverde.com entrou em contato com a prefeitura de Sebastião Barros, que organizou a vaquejada, mas até o fechamento da reportagem, não teve resposta. O espaço segue aberto para esclarecimentos. A delegacia de Polícia Civil de Corrente, responsável pela região, disse que não tomou conhecimento da situação.

Fonte: Cidade Verde

Redação

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