Indígenas observam a pedra furada do sítio do Mocó, em Coronel José Dias, sul do Piauí — Foto: Foto: André Pessoa
Nesta segunda-feira (8) é comemorado o Dia do Fotógrafo e Dia Nacional da Fotografia. A data celebra o profissional que capta história e sentimentos através das lentes. O g1 conversou com André Pessoa, fotógrafo cujos trabalhos foram fundamentais para a criação do Parque Nacional Serra da das Confusões.
Pernambucano de nascimento e piauiense de coração, o fotógrafo André Pessoa dedica a vida a contar a história do Sul do Piauí, com suas belezas naturais e registros históricos, por meio das imagens.
O profissional contou que conheceu o Piauí no final da década de 1980, e logo se encantou com o que viu. Segundo ele, foi uma surpresa a beleza natural ainda desconhecida por boa parte do Brasil.
“Me pareceu uma região biodiversa, muito conservada, com a vegetação completamente diferente do que eu já conhecia no interior nordestino. E aquilo me deixou encantado como fotógrafo, como repórter, como observador da natureza brasileira. Em 1993, eu fui definitivamente morar em São Raimundo Nonato e, a partir daí, eu comecei a fazer a divulgação das pinturas rupestres na Serra da Capivara” disse ele.
André contou que a fotografia entrou em sua vida através do pai, que é sociólogo e que usavas imagens em suas pesquisas científicas, e a partir desse contato se apaixonou pelo universo da foto.
Ativismo ambiental
Parque Nacional da Serra das Confusões, no Piauí — Foto: Foto: André Pessoa
O fotógrafo falou também da importância do seu trabalho para chamar atenção para a proteção das diferentes biodiversidades encontradas pelo interior do Piauí.
“Foi o meu trabalho fotográfico na Serra das Confusões, que nem os piauiense conheciam, que levou o Governo Federal a estudar a possibilidade de criar um parque nacional, então eu fui a Brasília com as imagens da Serra das Confusões e falei com o presidente do Ibama”, lembrou ele.
Criado em 1998, o parque fica numa área preservada que integra o território de 12 municípios piauienses na caatinga brasileira. É o maior do Nordeste e abriga grande área de natureza intocada e paisagens incríveis.
André reforçou ainda a importância do audiovisual para a proteção das paisagens, espécies, patrimônios naturais, lugares e histórias. Para ele, foi a partir do seu trabalho como fotógrafo, que o tornou conhecedor da região, que surgiu a necessidade de se tornar um grande defensor da área.
“Eu sou um dos primeiros repórteres e fotógrafos naquela região, nas Nascentes, nos Olhos d’Água, a divulgar nas revistas nacionais. Eu costumo dizer que o Piauí é o estado do futuro. Por que o futuro? O que vai ser mais valorizado no futuro? A preservação ambiental, os lugares que estão mais conservados. E o Piauí é um dos estados que tem mais áreas conservadas em todo o Brasil”, ressaltou André.
André reforçou ainda a importância do audiovisual para a proteção das paisagens, espécies, patrimônios naturais, lugares e histórias. Para ele, foi a partir do seu trabalho como fotógrafo, que o tornou conhecedor da região, que surgiu a necessidade de se tornar um grande defensor da área.
“Eu sou um dos primeiros repórteres e fotógrafos naquela região, nas Nascentes, nos Olhos d’Água, a divulgar nas revistas nacionais. Eu costumo dizer que o Piauí é o estado do futuro. Por que o futuro? O que vai ser mais valorizado no futuro? A preservação ambiental, os lugares que estão mais conservados. E o Piauí é um dos estados que tem mais áreas conservadas em todo o Brasil”, ressaltou André.
O profissional contou que atualmente tem o seu trabalho como fotógrafo reconhecido a partir da atividade que desenvolve no sul do Piauí.
“Eu devo tudo ao Piauí. Foram os trabalhos que fiz aqui, as publicações que fiz na Serra da Capivara, as fotografias inéditas das descobertas arqueológicas da equipe da Niède Guidon, as pinturas rupestres que tem uma repercussão mundial, que me fez um fotógrafo reconhecido. 30 anos trabalhando na Serra da Capivara me fez uma referência no mercado, uma referência no jornalismo, uma referência nas grandes produtoras de cinema e de documentários” enfatizou o fotógrafo.
André ressaltou que a fotografia ajudou no desenvolvimento, na preservação e no reconhecimento do Piauí com o potencial turístico, histórico e cultural.
“Meu trabalho hoje está muito focado no exterior. Eu tenho viajado muito, tenho feito várias exposições em vários países e sempre destacando a natureza, as belezas, a biodiversidade, a riqueza cultural, o patrimônio humano do Piauí, a culinária, a cultura, o folclore. E isso é muito rico, isso encanta o mundo inteiro e a fotografia novamente volta a ter esse papel extremamente importante” finalizou o profissional.
Fonte: G1 PI
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