Estudades representantes dos movimentos socais e populares do Brasil já iniaciaram a mobilização nacional em favor da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns de seus mais importantes auxiliares. A mobilização também será em defesa da democracia e pelo fim do genocídio promovido pelo governo de Israel contra o palestinos na Faixa de Gaza.
A decisão sobre o movimento foi tomada no dia 20 passado, durante reunião das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular. As duas entidades decidiram convocar um dia nacional de mobilização pela prisão de Bolsonaro para o próximo dia 24 de março. Estiveram presentes na reunião representantes de diferentes organizações da sociedade civil, entre elas a UNE, CUT, MTST, MST, MNU, CMP e MMM, além de partidos como PT, PSOL e PCdoB.
A decisão foi tomada por causa das últimas revelações sobre o plano golpista de Bolsonaro, que também envolveram ex-membros da cúpula do seu governo, incluindo generais e ex-comandantes das Forças Armadas.
O povo nas ruas
As possíveis condenações do ex-presidente e de oficiais de alta patente, além de inédita, podem também impactar decisivamente a conjuntura. O entendimento das organizações presentes na reunião foi a necessidade de ocupar as ruas para pressionar pela devida punição aos golpistas.
Embora as ações do Supremo Tribunal Federal e da Polícia Federal sejam fundamentais para a defesa da democracia, existe uma compreensão de que a esquerda não pode apenas observar a ação das instituições, ainda mais diante da tentativa de reação golpista de Bolsonaro, que promoveu uma manifestação no dia 25 de fevereiro, na Avenida Paulista, em São Paulo.
Os movimentos sociais referendaram o calendário que havia sido aprovado no Seminário das Frentes, realizado no começo de fevereiro deste ano, com a intensificação do chamado para o Dia Internacional de Luta das Mulheres (08 de março), das ações por Justiça para Marielle e acabaram por definir o dia 24 de março como data nacional, cujo objetivo é também destacar os 60 anos do golpe militar.
Também haverá a divulgação de um manifesto em defesa da democracia, de caráter amplo, buscando incluir signatários para além da esquerda, nos moldes da “Carta aos brasileiros e às brasileiras, em defesa do Estado Democrático de Direito”, lida na Faculdade de Direito da USP, em 2022.
A reunião também discutiu a recente declaração de Lula na 37ª Cúpula Africana de Nações, de caráter histórico, em que denunciou o genocídio contra o povo Palestino praticado por Israel. Foi reafirmado o compromisso das frentes com a defesa do presidente ante os ataques sofridos por parte dos bolsonaristas e do lobby sionista.
Fonte: Brasil de Fato
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