Saúde

Calor pode matar? Altas temperaturas podem levar de tontura a coma; entenda

Blitz do B-r-o-bró distribui informação, no Centro de Teresina, sobre os riscos do calor à saúde — Foto: Divulgação/Sedec

O Piauí entrou, na terça-feira (3), em sua terceira onda de calor este ano e a previsão é que outubro seja o mês mais quente do último trimestre, elevando os riscos à saúde.

Pensando nisso, a Secretaria de Defesa Civil do Estado (Sedec) criou a blitz do “B-R-O-bró”, expressão que faz alusão às últimas sílabas dos meses mais quentes do ano (setembro, outubro, novembro e dezembro).

A ação trata-se de uma intervenção educativa “para fortalecer a cultura de prevenção sobre os riscos derivados das altas temperaturas, baixa umidade do ar e excedente de radiação ultravioleta”.

“Começamos com uma distribuição de folders informativos no Centro de Teresina e vamos a alguns bairros da capital, com maios concentração demográfica, realizar a campanha, que também está nas redes sociais”, explicou o diretor de Prevenção e Mitigação da Sedec, Werton Costa.

É possível morrer de calor?

g1 perguntou ao doutor em fisiopatologia, área da medicina que estuda funções anormais ou patológicas de órgãos e aparelhos do organismo, Ginivaldo Victor, é possível morrer de calor?

“Sim. A exposição prolongada ou excessiva a ambientes quentes, sem hidratação adequada ou combinada com esforço físico de alta intensidade, como quem pratica esporte ou faz trabalho braçal, pode levar a uma condição conhecida como hipertermia”, explicou o médico.

O médico ressaltou que esse é um cenário extremo, de calor e esforço físico muito intenso, mas que, no contexto habitual da população durante esse período de altas temperaturas, também é comum haver casos de desidratação, por exemplo.

“Pode acontecer sintomas como fraqueza, moleza, sonolência, falta de apetite, náuseas, vômitos e tonturas. Em cenários mais graves, o coração acelera, a frequência respiratória aumenta e, eventualmente, pode evoluir para um colapso, em que a pessoa desmaia ou entra em coma”, afirmou.

O cardiologista Luiz Bezerra acrescentou que é necessário estar atento a esses sintomas e, em alguns casos, procurar imediatamente atendimento médico.

“A partir de 32°C o coração já é sobrecarregado, nós temos variações de pressão arterial. Há relatos em vários lugares do mundo de aumento de infartos e de eventos cardiovasculares, como AVC, em ambientes mais quentes”, explicou.

Onda de calor

A climatologista Sara Cardoso, da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado (Semarh), desde terça (3), a temperatura em grande parte do estado deve ficar cerca de 5°C acima da média por período de dois a cinco dias.

“Outubro será o mês mais quente desse último trimestre. Existe a possibilidade de novos recordes de temperatura e a tendência da umidade relativa do ar é de permanecer com índices abaixo dos 30% em todo o território”, afirmou a climatologista.

Fonte: G1 PI

Redação

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