A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi), vinculada à Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), iniciou nesta quarta-feira (1º), a segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa, que será realizada de 1º a 30 de novembro e tem como objetivo imunizar bovinos e bubalinos de 0 a 24 meses. O produtor tem até o dia 15 de dezembro para declarar a vacinação e realizar a atualização cadastral, que pode ser feita pelo site da Adapi.
A Sada vem trabalhando junto à Adapi para que o Piauí alcance junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o status de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação. Para isso, é necessário que o rebanho piauiense seja vacinado acima de 90%.
De acordo com relatório apresentado ao fim da primeira etapa da campanha, há um total de 667.500 animais com idade entre 0 e 24 meses em todo o estado, que devem ser vacinados nesta segunda etapa.
“Nós esperamos alcançar o maior patamar de vacinação nessa segunda etapa. No ano passado, foram 93% vacinados, nosso objetivo é aumentar esse percentual para que possamos comprovar para o Ministério da Agricultura que o estado do Piauí fez a sua parte e pode entrar na classificação de livre da aftosa sem vacinação. Isso é mais importante para o nosso estado do que os produtores imaginam. Nós precisamos sair da classificação livre da aftosa com vacinação junto com os outros estados, como Maranhão e Tocantins, porque se não sairmos dessa classificação e outros estados vizinhos saírem, não poderemos exportar nossa carne para eles. Mas, estamos bem otimistas que o Piauí ficará bem classificado com os outros estados”, destaca o secretário Fábio Abreu.
A febre aftosa é uma doença causada por vírus que provoca febre e aftas, principalmente na boca e entre os cascos dos animais, causando enorme perda na produção de leite e carnes. Reconhecido como área livre da doença com vacinação, pelos critérios da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o Piauí não apresenta casos da doença há 26 anos. .
Simone Pereira, coordenadora do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa (Peefa), explica sobre a importância da erradicação da doença
“Esse é um reforço que se dá para os animais mais jovens. A febre aftosa tem grande importância social e econômica, que pode impactar a vida dos produtores, empresários e famílias rurais, além de trazer prejuízos com relação à produtividade dos rebanhos, acarretando a diminuição na rentabilidade da agropecuária e no comércio, onde há uma implicação muito importante relacionado à imagem do país no mercado. Mesmo que os países importadores acatem as estritas regras referenciadas internacionalmente, estes podem reagir negativamente, ocasionando o fechamento de fronteiras de forma total ou parcial. O impacto para o exportador pode ser significativo, mesmo quando se consegue provar que o problema está sob controle em seu território. Então, mais uma vez a gente convoca criadores de bovinos e bubalinos do Piauí para realizarem a vacinação de seus animais e declararem nas unidades da Adapi”, alerta a coordenadora.
Sucesso na primeira etapa da campanha de vacinação
Na primeira etapa da campanha, o Piauí atingiu o maior número de rebanho bovídeo (bovinos e bubalinos) vacinado contra febre aftosa da história do estado. Segundo o relatório apresentado pela Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada) e pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi), foram imunizados contra a doença 1.811.903 bovinos e bubalinos, o que corresponde a 95,79% dos animais de todo o estado.
Fonte: Cidade Verde
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