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Centro Estadual de Equoterapia da PMPI já atendeu mais de 150 pacientes neste ano

O Centro Estadual de Equoterapia da Polícia Militar do Piauí, já atendeu mais de 150 pacientes com deficiência ou necessidades especiais em 2024. Em parceria com a Secretaria para Inclusão da Pessoa com Deficiência (SEID), o serviço celebra nesta sexta-feira (09), 22 anos de atuação no estado.

De acordo com a major Sheyla Chaves, chefe do Centro de Equoterapia, o método terapêutico, paralelo à terapia tradicional, utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, com base nas áreas da equitação, saúde e educação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de jovens e crianças com  Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH, paralisia cerebral, ansiedade, traumatismo cranioencefálico e síndrome de Down. Para a major, a terapia assistida a cavalo é uma das abordagens terapêuticas mais completas.

“Ela oportuniza aos praticantes, simultaneamente, estímulos que ativam a cognição, a coordenação motora, a integração sensorial, a interação social, entre outros aspectos. É uma terapia integrativa que busca o desenvolvimento biopsicossocial do indivíduo, promovido por uma equipe multidisciplinar nas áreas da saúde, da educação e equitação. A equoterapia apresenta benefícios comprovados cientificamente na melhora da funcionalidade e qualidade de vida do praticante”, pontua. 

Um dos casos mais conhecidos é o do adolescente Victor Emanuel, de 14 anos. Com paralisia cerebral nível cinco, considerada elevado, o jovem frequenta o Centro Estadual há 8 anos e já apresentou diversas melhoras cognitivas, motoras e comportamentais durante todos esses anos, através do tratamento. A dona de casa Joelma Lustosa, mãe do paciente, destaca que toda sua evolução é graças ao método terapêutico a cavalo. 

“A equoterapia é muito importante na vida dele, teve um desenvolvimento muito bom. Coordenação motora é bastante trabalhada. Ele hoje faz movimentos que não tinha, consegue brincar, mexer no celular, pegar no controle da TV, mesmo que avulsamente. A qualidade de vida dele melhorou em 100% com a terapia. O comportamento é mais interativo. Isso fez toda a diferença na vida dele. Tudo isso graças a equoterapia. Sou muito grata”, pontua Joelma. 

Além dos 22 anos do serviço no Piauí, nesta sexta (09) também se comemora o Dia Nacional da Equoterapia. O método trabalha não só a parte motora e postural, mas também a afetividade, como o caso do Victor Emanuel. As sessões duram cerca de 30 minutos e envolvem uma equipe multidisciplinar, que, dependendo das necessidades da criança, pode incluir psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas. 

“E além das atividades realizadas em picadeiro, promove também a participação dos praticantes em eventos externos, como em provas equestres adaptadas e em aberturas de eventos como Expoapi. Essas atividades, elas fortalecem a autoestima, a confiança e a socialização dos nossos praticantes”, completa a Major Sheyla Chaves. 

Expansão do serviço

A Equoterapia no Piauí começou a ser desenvolvida no final dos anos de 1990 e em 2002, foi efetivada na capital e posteriormente em Parnaíba, através da iniciativa de alguns policiais militares. A partir de 2004, com a inauguração do seu núcleo sede em Teresina, seguiu–se o projeto através de uma parceria entre a Secretaria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência – SEID e a PMPI, através de seu Regimento de Polícia Montada. Além dos polos já existentes, o secretário da Seid, Mauro Eduardo, explica que o serviço será descentralizado com o novo polo de Floriano, que está em plena construção.

“Nós estamos buscando descentralizar e ampliar esse serviço. Hoje nós já temos em Parnaíba, Teresina e já estamos em fase de conclusão o da cidade de Floriano, para atender toda aquela região e a nossa meta, a meta do governador Rafael Fonteles, é de que a gente possa trabalhar com o objetivo de ampliar e melhorar as políticas públicas voltadas para incluir as pessoas com deficiência em todo o estado do Piauí. Então parabéns a equoterapia, parabéns a todos os profissionais e que a gente possa continuar fazendo a diferença na vida dessas pessoas que precisam de um tratamento de reabilitação utilizando o uso da equoterapia”, finaliza.

Fonte: Polícia Militar do Piauí

Redação

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