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Calor

11 cidades do Piauí registram umidade menor ou igual à do deserto do Saara; veja lista

Reportagem Sertão Atual

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Devido ao tempo seco e as altas temperaturas com a chegada do B-R-O Bró, o Piauí está cada vez mais quente e menos úmido. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ao menos 244 cidades no Brasil, 11 delas no Piauí, registraram umidade relativa do ar menor ou igual à do deserto do Saara nesta terça-feira (3), e a previsão é de que nesta quarta-feira (4) os índices fiquem ainda piores.

O calor se somou à seca, que é a maior e mais extensa já enfrentada pelo país, com cidades sem chuva há mais de cem dias. A falta de chuva e a alta temperatura faz com que a umidade, literalmente, evapore, chegando a níveis desérticos.

No deserto do Saara, por exemplo, a umidade do ar varia de 14% a 20%. No país, 244 cidades registraram índices menores ou iguais a esse nesta terça-feira.

Os dados são das estações de monitoramento do Inmet, que estão em todas as regiões do país, mas não cobrem todos os municípios do Brasil.

Veja abaixo a lista de cidades do Piauí com “umidade de deserto”:

Alertas no Piauí

Segundo o Inmet, o Piauí está sob dois alerta de baixa umidade, um de perigo, alerta laranja, e outro de perigo potencial, alerta vermelho. As únicas regiões não afetadas são a planície litorânea piauiense e a região dos cocais.

A umidade relativa do ar, conforme o alerta amarelo, deve variar entre 30% e 20%, com baixo risco de incêndios florestais e à saúde. É recomendável beber bastante líquido, evitar desgaste físico nas horas mais secas e evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

As áreas afetadas no estado são as regiões Sudeste Piauiense, Centro-Norte Piauiense, Sudoeste Piauiense e Norte Piauiense.

O Centro-Norte Piauiense, Sudeste Piauiense e Sudoeste Piauiense estão sob alerta laranja de perigo de baixa umidade, com umidade relativa do ar variando entre 20% e 12%. Segundo o Inmet, há grande risco de incêndios e perigo para a saúde.

Alguns sintomas podem aparecer ao longo do dia como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz. Além disso, o órgão destaca para a população usar hidratante para pele e tentar umidificar o ambiente. Outras informações podem ser obtidas junto à Defesa Civil (telefone 199) e Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Por que isso está acontecendo?

O primeiro ponto é que estamos na estação seca, consequentemente, é um período com menos chuva e isso impacta na umidade relativa do ar que se estende até outubro. No entanto, a situação ficou mais grave por três fatores:

  • ☀️ Seca histórica: o Brasil vive a maior e mais intensa seca de sua história recente. Todos os estados, com exceção do Rio Grande do Sul, estão passando pelo pior período seco já visto. Segundo os dados do Cemaden, em dez estados além do Distrito Federal não chove há mais de cem dias.
  • 🥵 Calor intenso: setembro começou com uma onda de calor que vai levar cidades a níveis recordes de calor. Com a temperatura alta e menos chuva, a umidade acaba se dissipando.
  • ❌ Bloqueios Atmosféricos: o bloqueio é uma configuração dos ventos que impede o avanço de frentes frias e, consequentemente, das chuvas. Com menos nuvens e chuva, a umidade vai ficando cada vez mais baixa.

Fonte: G1 PI

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