Três adolescentes passaram mal após tomarem um medicamento tarja preta dentro da escola municipal Valter Alencar, no bairro Vale Quem Tem, na Zona Leste de Teresina, nessa terça-feira (28). Os três adolescentes foram atendidos e estão bem. A Secretaria Municipal de Educação informou que uma equipe técnica está na escola e apura o caso.
Os adolescentes têm 13, 14 e 15 anos. Segundo a conselheira tutelar Renata Bezerra, o medicamento clonazepam foi levado pelo menino de 13 anos, que tem feito uso do medicamento sob prescrição medica.
Entretanto, nesta terça, na companhia dos colegas mais velhos, o menino tomou uma dosagem maior do que devia, e apresentou reações como convulsões e rigidez muscular.
Os outros dois, de 14 e 15 anos, tomaram uma dose menor do medicamento e ficaram letárgicos. Eles não têm prescrição de usar o remédio.
Os três foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os dois mais velhos foram atendidos e liberados para casa, mas o menino de 13 anos precisou ser internado, e foi liberado na noite de terça.
A conselheira Renata Bezerra comentou que a curiosidade dos três meninos, natural na idade em que estão, os colocou em risco, e alerta para que os pais e responsáveis tentem evitar o acesso de crianças e adolescentes a medicamentos de todo tipo, principalmente os alucinógenos.
Nesta terça-feira (29), o Conselho Tutelar se reuniu com pais e responsáveis pelos adolescentes, para orientar sobre como lidar com a situação.
“Sabemos que eles estão nessa fase adolescente, de curiosidade, mas precisamos alertar sobre esses medicamentos, porque são um tipo de droga. É preciso ter muito cuidado”, disse a conselheira.
Os medicamentos com princípio ativo Clonazepam são prescritos para tratar ansiedade, convulsões e epilepsia. O medicamento tem a função de “tranquilizar” o sistema nervoso central, de modo a “reduzir a velocidade” do funcionamento do cérebro.
Portanto, é prescrito para casos de pessoas com a atividade cerebral, por algum motivo, acelerada. Ainda assim, a dose a ser utilizada deve ser determinada por um médico, conforme a necessidade de cada paciente. Além dos seus possíveis efeitos adversos, o medicamento pode causar dependência e, se utilizado em doses altas, pode levar à morte.
Fonte: G1 PI