Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) informou que o Brasil enfrenta, agora, a pior seca da história recente. Pela primeira vez, também, a estiagem afeta toda a extensão do país (exceto Rio Grande do Sul) e cenário não deve melhorar até novembro. As informações são do g1.
Em ⅓ do país – equivalente a mais 3 milhões de km² – a estiagem está pior do que nunca . Isso reflete o cume de uma piora desenvolvida desde 1988, mostram dados do órgão em questão, que faz parte do governo federal e é ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia , responsável por subsidiar as ações de enfrentamento de crises climáticas.
Cemaden analisou dados armazenados desde 1950 e descobriu que, desde então, essa é a pior seca do país. Batemos o recorde de 2015 – ano no qual rios secaram e vegetação pegou fogo, afetando o total de 2,5 milhões de km². Porém, à época, apenas uma parte do país enfrentou problema. Hoje, afeta todas as regiões e grandes porções do Brasil têm seca extraordinária.
“Nós nunca tínhamos visto, desde o início do monitoramento, uma seca tão extensa e intensa quanto essa. Víamos regiões isoladas sofrerem com os ciclos de seca, mas, dessa vez, é generalizado. Isso é um problema maior para o país enfrentar,” disse Ana Paula Cunha , do Cemaden, ao g1.
Vale dizer, ainda, que a piora escalonou desde 2012. Embora 2024 seja perceptivelmente o ano com as piores secas , os dados englobam apenas os oito primeiros meses. A época normal de seca não acabou, e cenário deve ver piora.
A época da seca anual acaba em outubro. Porém, como explicou o meteorologista Giovani Dolif ao g1, não devemos esperar melhora. Para reversão do cenário, as chuvas deveriam ser bem acima da média.
Além disso, quanto mais nos afastamos do inverno e nos aproximamos do verão, mais próximo do sol o país fica – esquentando e secando mais. O aumento da temperatura pode piorar bastante a estiagem.
Fonte: Conecta Piauí