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Camilo Santana diz que “novo ensino médio” gerou desigualdade no Enem e quer mudanças aprovadas no 1º semestre

Reportagem Sertão Atual

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Por Paula Sampaio 

Aprovado desde 2017 e implementado no começo de 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o chamado “novo ensino médio”, é centro de críticas do ministro da Educação Camilo Santana (PT). Para ele, as mudanças geraram desigualdade em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As declarações foram dadas, em entrevista exclusiva ao Cidadeverde.com, nesta terça-feira (05), durante agenda do ex-governador para o lançamento do programa “Pé-de-Meia” no Piauí. 

“A questão curricular é muito importante. A grande questão no novo ensino médio é que ele foi reduzido e isso tem sido questionado. Ou seja, a importância do aluno ter uma boa formação em matemática, português e no ensino geral e gerou descontinuidade em relação ao Enem. Tem escola que não conseguiu implementar os chamados itinerários. Então, criou desigualdade na hora de fazer o Enem”, explicou.

O novo modelo de ensino possibilitava que estudantes escolhessem em quais campos desejavam se aprofundar mais e modificava a distribuição de matérias no currículo, ampliando a carga horária das escolas. Para que isso pudesse ser colocado em prática, o número de aulas da formação básica era reduzido.

De acordo com Camilo Santana, essas questões estão passando por ajustes. As principais revisões propostas são para aumentar para 2,4 mil as horas de disciplinas obrigatórias e diminuir a quantidade de aulas optativas para 600 horas.

“Essas questões estão sendo ajustadas. Foi uma proposta consensualmente construída de todos fazerem o Enem a partir de uma base, estimular o ensino técnico, acho que é o grande caminho que o Brasil precisa fazer”. 

O texto está parado no Congresso desde dezembro de 2023, por falta de acordo entre o governo e o relator da proposta, Mendonça Filho (União Brasil), que foi ministro da Educação do governo Michel Temer (MDB).

Para o ministro, é hora de “virar” a página.

“Não houve prejuízo, porque a proposta só valeria para 2025. O ideal é aprovar ainda nesse primeiro semestre para que as redes se prepararem para as mudanças no ano que vem”, disse.  “Estamos em contato com o relator, com os líderes, há um empenho do governo até para a gente passar a página disso”, acrescentou. 

Fonte: Cidade Verde

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