geral

Em resposta ao STF, defesa de Bolsonaro pede que plenário julgue denúncia de suposto golpe

Reportagem Sertão Atual

Compartilhe!

Bolsonaro

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para a corte julgar no plenário a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por suposta tentativa de golpe, e não na Primeira Turma.

A manifestação fez parte da resposta dos advogados de Bolsonaro à acusação da PGR.

“Parece ser inadmissível que um julgamento que envolve o ex-Presidente da República não ocorra no Tribunal Pleno. E não se diz isso apenas em função da envergadura do caso, do envolvimento de um ex-presidente e de diversos ex-Ministros de Estado. A necessidade deriva da Constituição Federal e do Regimento Interno dessa Suprema Corte”, disse a defesa no documento apresentado nesta quinta-feira (6).

Além disso, Bolsonaro disse que não assinou nenhum decreto e não ordenou qualquer ação violenta para restringir ou impedir o exercício de um poder, bem como não tentou depor o governo constituído depois dele.

O ex-presidente disse, ainda, que nunca praticou e nem determinou que fosse praticada qualquer violência. E jamais tentou impedir ou restringir o exercício dos demais Poderes.

Com o recebimento das respostas, Moraes pode marcar o julgamento para analisar a denúncia na Primeira Turma do STF. O relator deu 15 dias para os denunciados apresentarem defesa.

Caso a denúncia seja aceita pelo STF, os denunciados se tornam réus e passam a responder penalmente pelas ações na corte. Então, os processos seguem para a fase de instrução, composta por diversos procedimentos para investigar tudo o que aconteceu e a participação de cada um dos envolvidos no caso. Depoimentos, dados e interrogatórios serão coletados neste momento.

Depois, o ministro responsável pelo caso produz um relatório. Na sequência, a Primeira Turma julga se condena os denunciados pela PGR.

Quem foi denunciado

Ao todo, 34 pessoas foram denunciadas por, supostamente, estimular e realizar atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito.

Segundo a PGR, as peças acusatórias baseiam-se em manuscritos, arquivos digitais, planilhas e trocas de mensagens que revelam o “esquema de ruptura da ordem democrática”. Os documentos do órgão descrevem “a trama conspiratória armada e executada contra as instituições democráticas”.

Veja a lista de denunciados:

  1. Ailton Gonçalves Moraes Barros – ex-major do Exército e advogado;
  2. Alexandre Rodrigues Ramagem – deputado federal e ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
  3. Almir Garnier Santos – ex-comandante da Marinha de abril de 2021 a dezembro de 2022;
  4. Anderson Gustavo Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
  5. Ângelo Martins Denicoli – major da reserva do Exército;
  6. Augusto Heleno Ribeiro Pereira – ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
  7. Bernardo Romão Correa Netto – coronel do Exército;
  8. Carlos Cesar Moretzsohn Rocha – engenheiro especialista em segurança da informação;
  9. Cleverson Ney Magalhães – coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
  10. Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira – General de Brigada do Exército;
  11. Fabrício Moreira De Bastos – ex-comandante do 52º Batalhão de Infantaria de Selva em Marabá (PA);
  12. Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República;
  13. Fernando De Sousa Oliveira – ex-número 2 da Secretaria de Segurança Pública do DF;
  14. Giancarlo Gomes Rodrigues – subtenente do Exército;
  15. Guilherme Marques De Almeida – tenente-coronel de Infantaria;
  16. Hélio Ferreira Lima – tenente-coronel;
  17. Jair Messias Bolsonaro – ex-presidente da República;
  18. Marcelo Araújo Bormevet – agente da Polícia Federal;
  19. Marcelo Costa Câmara – coronel do Exército;
  20. Márcio Nunes De Resende Júnior – coronel do Exército;
  21. Mário Fernandes – general da reserva;
  22. Marília Ferreira De Alencar – ex-subsecretária da SSP-DF;
  23. Mauro César Barbosa Cid – tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
  24. Nilton Diniz Rodrigues – general do Exército;
  25. Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho – neto de João Figueiredo, o último general presidente na ditadura militar;
  26. Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira – general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  27. Rafael Martins de Oliveira – tenente-coronel;
  28. Reginaldo Vieira de Abreu – coronel;
  29. Rodrigo Bezerra de Azevedo – tenente-coronel;
  30. Ronald Ferreira de Araújo Júnior – tenente-coronel;
  31. Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros – tenente-coronel;
  32. Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal;
  33. Walter Souza Braga Netto – general da reserva e ex-ministro da Defesa. Também foi candidato a vice-presidente em 2022;
  34. Wladimir Matos Soares – policial federal.

Fonte: R7

Compartilhe!

Veja também
Matérias relacionadas

Copyright 2023 – Todos os direitos reservados – Portal Sertão Atual | Rua Felipe Alves, n° 486, bairro Centro – Simões-PI – Contato: (89) 99990-0854 e-mail: [email protected]

PORTAL SERTÃO ATUAL

Rua Felipe Alves, n° 486, Centro – Simões – Piauí – Contato: (89) 99990-0854 
e-mail: [email protected]

PÁGINA INICIAL

ÚLTIMAS

CIDADES

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTE

POLÍTICA

GALERIA DE FOTOS

TV

GALERIA DE VÍDEOS

QUEM SOMOS

CONTATO