Por Richards Sales
Miguel Arcanjo de Albuquerque, menino de apenas 13 ano com transtorno do espectro autistas, realizou uma festa com tema de gincana solidária para arrecadar doações que serão enviadas às vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul.
A comemoração aconteceu no último sábado (11) em Teresina ao todo foram arrecadadas 60 cestas.
A ideia veio de Miguel que após ver as notícias sobre as vítimas das chuvas no estado gaúcho, decidiu pedir como presente de aniversário aos convidados, doações para a população gaúcha. Segundo o garoto, a inspiração foi uma das gincanas solidárias que já participou na escola.
“Iria ser uma gincana, porque na minha escola tem uma gincana cultural e toda vez tem uma prova solidária que você doa uma cesta básica à uma comunidade, e a equipe com maior número de doações ganha, e aí veio a ideia na minha cabeça, com essa situação que o Rio Grande do Sul está passando eu vou doar para lá”, disse Miguel.
Foto: Arquivo Pessoal
A mãe, Rilma Rios, de 40 anos, conta que ele sempre teve esse lado humano, a vontade de querer ajudar outras pessoas e costuma fazer grandes ações.
“Desde os 3, 4 anos, ele sempre teve essa parte social, de dividir e doar as coisas. Ele nunca pedia brinquedos, só livros e comidas para doações”, contou a mãe, que é enfermeira e também realiza ações solidárias através de seu segundo emprego como confeiteira.
Segundo Rilma, a primeira doação em grande quantidade aconteceu em 2020, no ano da pandemia. A partir desse olhar sensível, Miguel junto com sua mãe, criaram um drive thru como ponto de arrecadação de doações, e conseguiram juntar quase 200 cestas básicas para as famílias carentes.
“Arrecadamos quase 200 cestas, sapatos, roupas, tudo, e ele que foi distribuir comigo para as comunidades carentes. Ele chegou a ficar com medo das pessoas que avançaram no carro no momento da entrega, e aquilo causou impacto nele, de perceber a realidade”, afirmou Rilma.
Miguel se diz muito contente com o trabalho que realiza em prol das outras pessoas e afirma que um dia ainda irá trabalhar em uma área voltada para as comunidades.
“Eu me sinto bem por estar fazendo uma causa nobre e isso ajuda muitas pessoas que precisam. Penso em trabalhar em algo voltado para área do comunitário”, finalizou.
Foto: Arquivo Pessoal
Fonte: Cidade Verde