Foto: Paula Sampaio/ cidadeverde.com
Por Paula Sampaio
O governador Rafael Fonteles (PT) revogou, nesta segunda-feira (04), o decreto que autorizava o Governo do Estado a prestar diretamente os serviços de saúde, por meio de telemedicina ou telessaúde, através do Programa Piauí Saúde Digital. Em contrapartida, o decreto também substituiria, retirando na modalidade que é feita atualmente, o repasse de recursos financeiros referentes ao cofinanciamento da saúde pública aos municípios.
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O próprio governador destacou a medida em reunião que teve com os prefeitos durante a I Assembleia do Colegiado da Microrregião de Água e Esgoto do Piauí (MRAE). Ele quebrou o protocolo da assembleia para informar os gestores da decisão, sendo aplaudido em seguida.
“Propus uma reunião com uma comissão de prefeitos para aperfeiçoar o decreto. Então, eu já tinha falado desse tema na reunião de março, mas alguns prefeitos pediram, e o Toninho de Caridade, que é o presidente da APPM, levou essa mensagem de que era importante mais discussão para a gente fazer isso harmonicamente. Ninguém quer tomar uma decisão de maneira unilateral. É claro que, muitas vezes, você não consegue o consenso, mas nós temos que ter o apoio da ampla maioria dos prefeitos dessa matéria”, explicou Rafael Fonteles.
Rafael Fonteles explicou que o Governo do Estado quer triplicar os investimentos no cofinanciamento, mas, com a metodologia da telesaúde: “Vai garantir médico 24 horas, 7 dias por semana, em todas as UBS do estado do Piauí”, defendeu.
O presidente da APPM, Toninho da Caridade explicou a reivindicação dos prefeitos.
“Só que dentro desse contexto o governador quer fazer todo esse projeto, esse programa para os municípios, mas ele quer fazer a retirada do cofinanciamento. E aí há uma discussão sobre isso com relação à implantação, a demora para a implantação, como também alguns municípios optaram por não perderem o cofinanciamento. Então, a gente vai debater, o governador, muito sensível, atendeu o nosso pleito, revogou o decreto e a gente vai discutir, vai criar uma comissão, vai rediscutir e vamos entrar no entendimento”, disse.
Fonte: Cidade Verde