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Piauí registra o menor número de nascimentos em duas décadas, revela IBGE

Reportagem Sertão Atual

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Os piauienses estão tendo menos filhos. É isso o que apontam as Estatísticas do Registro Civil acerca de nascimentos, casamentos, divórcios e óbitos divulgada hoje (19) pelo IBGE. O Piauí apresentou, em 2023, o pior número de nascimentos desde 2004. Naquele ano nasceram 41.461 pessoas no Estado, uma queda de 5% em relação a 2004, quando foram registrados 43.683 nascimentos. Em relação a 2022, o ano de 2023 teve 240 nascimentos a menos no Piauí (- 0,6%). 

A pandemia também afetou a taxa de nascimentos no Estado. É que, segundo o IBGE, os piauienses tinham mais filhos antes da covid-19. Depois dos dois anos mais duros da pandemia (2020 e 2021), houve uma queda na quantidade de nascidos. Para efeito de comparação, entre 2015 e 2019 (pré-pandemia), o Piauí teve uma média de 46.757 nascimentos. Em 2023 (pós-pandemia), foram 5.293 nascimentos a menos, o que representa uma queda 11,3%.

O Piauí acompanhou a tendência de redução de nascimentos observada em 18 unidades da Federação. Em outras nove, houve aumento no número de nascidos no ano de 2023. As maiores quedas percentuais estão nos estados de Rondônia, Amapá e Rio de Janeiro, enquanto que os maiores aumentos foram registrados no Tocantins, Goiás e Roraima.

Em todo o Brasil, foram registrados em cartório o nascimento de 2.523.267 pessoas em 2023. A nível nacional também houve redução, mas de 19.031 nascimentos em relação em 2022. De acordo com o IBGE, foi o quinto ano de queda consecutiva no número de nascidos no país. Ao se observar os anos de maior natalidade (2015 a 2019), em 2023 houve mais de 345 mil nascimentos a menos (queda de 12%).

No Piauí, nascem mais meninos que meninas

O estudo do IBGE revela ainda o perfil dos nascimentos registrados em cartório no Piauí. No Estado nascem mais meninos do que meninas. Segundo o levantamento, em 2023, do total de 41.461 nascimentos ocorridos no estado, 21.132 foram de crianças do sexo masculino, o que equivale a mais da metade do total de nascimentos (50,96%), ao passo que 20.328 nascimentos foram de crianças do sexo feminino (49,04%). Em 2023, nasceram no Piauí 804 crianças a mais do sexo masculino em comparação com as do sexo feminino.

A quase totalidade dos partos foi registrada em hospitais (41.047 ou 99%). Outros 192 nascimentos ocorreram no próprio domicílio dos pais das crianças e 150 em outros locais. Há ainda uma parcela de 72 nascimentos que não tiveram seus locais de ocorrência informados aos cartórios.

Maio é o mês com o maior registro de nascimentos no Piauí. As Estatísticas do Registro Civil revelaram que no quinto mês do ano, nasceram um total de 3.750 pessoas no Estado. Já dezembro é o mês com a menor quantidade de nascimentos: 3.142.

População do Piauí tende a diminuir com a queda da natalidade

No Piauí, assim como no Brasil inteiro, a diminuição dos nascimentos é algo que preocupa. A projeção do aumento populacional, que tem como base os Censos Demográficos, é de que os nascimentos devem cair continuamente ao passo que aumenta o número de óbitos. O Piauí ainda tem um fator a mais nesta questão: a migração. Eyder Mendes, supervisor de disseminação de informações do IBGE, explica que a migração líquida do Piauí é negativa, ou seja, sais mais gente do que chega para morar no Estado.

“O Piauí vai ser um dos primeiros estados brasileiros onde vai ter redução da população. Isso traz muitos problemas, mas o principal delas é a questão da Previdência. Como vai haver sustento dos idosos e aposentados com um mercado onde há menos pessoas contribuindo?”, questiona Eyder.

Entre os fatores que explicam esta queda da natalidade ele elenca como o principal a decisão das mulheres de adiarem a gravidez para priorizar o crescimento pessoal e profissional. “Elas estão mais inseridas no mercado e querem galgar posições, então adiam os nascimentos. Também querem dar melhores condições aos filhos que tiverem, então restringem a quantidade”, diz o representante do IBGE.

No Brasil ainda não há nenhuma política pública voltada para o incentivo à natalidade, mas países como Estados Unidos, China e Japão já incentivam os casais a terem mais filhos para garantir que a situação demográfica não apresente colapsos mais à frente.

Fonte: Portal O Dia com informações de Érica Pessoa

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