Bruno Manoel Arcanjo suspeito de assassinar o policial civil do Piauí, Marcelo Soares da Costa, de 42 anos, foi preso em flagrante após o crime nesta terça-feira (3). O policial estava na equipe do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco) cumprindo mandado de prisão contra Bruno na operação Turismo Criminoso para combater fraudes do Detran (Departamento de Trânsito do Piauí). Ele foi preso na Santa Luzia de Paruá-MA mesmo local da morte do policial.  

A previsão de chegada do corpo do policial em Teresina por volta das 15h no Instituto Médico Legal (IML) em Timon-MA. O delegado geral Luccy Keiko estará no local. 

Bruno Arcanjo era empresário na cidade maranhense no ramo da hortifrutigranjeiro, mas já tinha passagens pela polícia aqui no Piauí e o mandado de prisão cumprido foi por estelionato dentro da operação. 

Segundo apurou a TV Cidade Verde, os policiais chegaram ontem à Santa Luzia do Paruá para cumprirem o mandado e estavam acompanhados de um policial civil do Maranhão. Hoje pela manhã, eles foram até a casa de Bruno, anunciaram que era a polícia, arrombaram o portão de entrada e Marcelo com outro policial foram para a parte dos fundos da casa e tentarem quebrar dois cadeados. O primeiro foi quebrado, mas o debaixo deu um pouco mais de trabalho e ele teve que colocar o braço por dentro da grade e foi onde um dos tiros que vieram de dentro da casa acertou Marcelo, na lateral do tórax, onde não havia a proteção do colete, que o policial usava. Ele foi socorrido a uma hospital próximo, mas não sobreviveu ao ferimento.

Para se entregar, Bruno colocou a esposa e o filho como escudo e foi preso e autuado em flagrante, além de ter o mandado de prisão temporária cumprido.

Operação Turismo Criminoso

Além de Bruno, foi preso em Teresina Pedro Gabriel Carvalho na operação contra fraude do Detran. Outras duas pessoas, ainda não identificadas, foram presas no Aeroporto de Teresina e no estado do Pernambuco. 

O Cidadeverde.com apurou que o preso no Piauí era responsável por dar apoio a integrantes da organização que atuavam em outros estados. As fraudes no Detran foram identificadas em outros estados do Brasil, como: Bahia, Goiás e Distrito Federal.

De acordo com a apuração, as fraudes no Detran aconteciam de duas formas:  a quadrilha emplacava o veículo com nome de laranja e um outro membro da quadrilha ia ao banco para financiar 50% do valor do veículo. Com dinheiro na conta, o valor era distribuído.

Em outro caso, a quadrilha tinha acesso a veículos que ainda não haviam chegado em concessionárias e emplacavam antes que o comprador final pudesse ter acesso ao veículo.

Durante as investigações a polícia conseguiu mapear cerca de 40 carros com emplacamento fraudado. Nenhum dos veículos entrou no radar da Polícia Rodoviária Federal (PRF), pois as placas eram fictícias. Assim, o esquema causou prejuízo as concessionárias e bancos no estado.

A maior parte dos integrantes eram de outros estados, mas recebiam apoio de membros do Piauí.

Fonte: Cidade Verde