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Qual o impacto do tarifaço de Trump no Piauí? Saiba com dados qual o cenário

Reportagem Sertão Atual

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Apesar das novas tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que visam sobretaxar produtos brasileiros, o Piauí deve sentir pouco os efeitos diretos dessas medidas. Isso porque o estado tem, ano após ano, reduzido suas vendas para o mercado norte-americano e redirecionado suas exportações para países como a China, que hoje ocupa a liderança na lista de parceiros comerciais do estado.

QUEDA NA EXPORTAÇÃO AOS EUA RESTRINGE IMPACTO

Dados da Secretaria de Planejamento do Estado mostram que, em 2024, o Piauí exportou apenas US$ 13,64 milhões para os EUA — cerca de R$ 76,12 milhões. Essa cifra representa uma expressiva queda em comparação com 2021, quando o estado chegou a negociar US$ 57 milhões com os norte-americanos. Em 2025, os Estados Unidos representam apenas 3,7% das exportações piauienses.

CHINA ABSORVE 65% DAS VENDAS E DIVERSIFICAÇÃO GANHA FORÇAl

A virada comercial do Piauí rumo ao mercado asiático é evidente: a China foi destino de 65% das exportações do estado em 2025. Somente no mês de junho, os produtos mais vendidos ao exterior foram soja (US$ 82 milhões), algodão bruto (US$ 4,9 milhões), óleos vegetais e animais (US$ 4,4 milhões), farelo de soja (US$ 4 milhões) e milho/minério de ferro (US$ 3,5 milhões cada). Essa diversificação da pauta exportadora, ainda que concentrada na soja, demonstra a expansão de setores produtivos capazes de ampliar o alcance internacional da economia piauiense.

INTERIOR DO ESTADO GANHA DESTAQUE NAS EXPORTAÇÕES

Os municípios de Bom Jesus, Uruçuí, Monte Alegre do Piauí, Corrente, Parnaíba e Santa Filomena lideram o ranking de exportações, mostrando que a capacidade produtiva está distribuída pelo território estadual. Esse dinamismo descentralizado fortalece o desenvolvimento regional e a geração de renda local, reduzindo a dependência de centros urbanos para o crescimento econômico.

QUEDA NAS EXPORTAÇÕES GERA ALERTA, MAS SUPERÁVIT SEGUE ROBUSTO

Apesar das boas perspectivas, os números indicam uma retração em relação a períodos anteriores. Em junho de 2025, as exportações piauienses somaram US$ 106,5 milhões (R$ 583 milhões) — valor 30,7% inferior ao registrado em junho de 2024. A comparação com maio de 2025 também mostra queda de 18,2%. Mesmo assim, o superávit comercial foi expressivo: US$ 86,6 milhões (R$ 473,8 milhões), resultado de importações bem menores (US$ 19,9 milhões). A balança positiva revela que, mesmo diante das oscilações, o Piauí mantém fôlego no mercado global.

VARIEDADE DE PARCEIROS TRAZ SEGURANÇA COMERCIAL

Além da China, o Piauí também exportou para Espanha (4,8%), Vietnã (4,5%), Paquistão (4,1%), Alemanha (3,6%) e Irã (3,4%), consolidando uma rede comercial diversificada. Essa variedade é um trunfo diante de instabilidades internacionais, como o tarifaço norte-americano, reduzindo riscos e ampliando horizontes para o agronegócio e a indústria regional.

Fonte: Meio Norte

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