Um criminoso foragido desde 2005, suposto colaborador da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e elencado entre os mais procurados do Brasil foi preso nesta quarta-feira, 7, em Valinhos, no interior paulista. Jakson de Oliveira Santos, conhecido como Dako, de 44 anos, é investigado por participar da onda de ataques à polícia de São Paulo ocorrida em maio de 2006 e de mega-assaltos a bancos praticados em Araçatuba, em agosto de 2021, e a uma transportadora de valores em Confresa-MT, em abril de 2023.
Segundo a polícia, Santos havia sido condenado e cumpriu pena por roubo a banco em Minas Gerais, e em seguida foi condenado e cumpria pena por tráfico de drogas na penitenciária de Casa Branca, no interior paulista. Em 2005, foi beneficiado com uma saída temporária e não voltou mais – estava foragido desde então
Ele foi preso em uma operação conjunta do 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia, da Polícia Militar em Campinas, e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Santos estava em uma casa de luxo no bairro Vale Verde, onde vivia, com documentos falsos. Segundo o MP-SP, ele estava dormindo e não reagiu à prisão, determinada pela Justiça.
Foram apreendidas armas, munições, celulares e outros aparelhos eletrônicos, além de uniformes camuflados e documentos falsos. Além das ordens de prisão que já haviam sido emitidas, o criminoso foi preso em flagrante por uso de documento falso, porte ilegal de armas e porte de drogas para uso pessoal.
O mega-assalto em Araçatuba deixou três mortos e chamou atenção por usar reféns como escudo humano em ruas da cidade e carros de fuga. A quadrilha utilizou armas de guerra, como metralhadora calibre ponto 50, e recursos tecnológicos, como drones.
Já na tentativa de assalto à empresa de transporte de valores Brinks na cidade de Confresa (MT), a 1.049 quilômetros de Cuiabá, cerca de 15 homens fortemente armados com fuzis atacaram o quartel da Polícia Militar. Apesar da explosão na empresa, os bandidos não conseguiram levar o dinheiro. A quadrilha fugiu para uma região de reserva indígena.
A reportagem tenta contato com representantes de Santos, para que se pronunciem sobre a prisão dele.
Fonte: Estadão Conteúdo