O lucro superou as expectativas compiladas pela LSEG, que estimavam um lucro líquido de R$ 9,12 bilhões.
Nesta quinta-feira (8), o Banco do Brasil divulgou um lucro líquido ajustado de R$ 9,44 bilhões no último trimestre de 2023, registrando um aumento de 4,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse resultado também representa um crescimento de 7,5% em relação ao trimestre anterior e de 4,8% em relação ao quarto trimestre de 2022. O lucro superou as expectativas compiladas pela LSEG, que estimavam um lucro líquido de R$ 9,12 bilhões.
O desempenho do Banco do Brasil foi impulsionado pelas margens, que incluem a receita proveniente das operações com juros. Um dos fatores que contribuiu para esse indicador foi o desempenho do Banco Patagonia, controlado pelo BB na Argentina, que registrou números mais altos devido ao impacto da variação cambial sobre os títulos atrelados ao dólar, em um contexto de desvalorização do peso argentino. Além disso, o crescimento da carteira de crédito do banco também teve impacto positivo.
Na comparação anual, o Banco do Brasil apresentou um lucro líquido ajustado recorde de R$ 35,6 bilhões em 2023, representando um retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) de 21,6% e um crescimento de 11,4% em relação a 2022. O valor adicionado à sociedade alcançou R$ 86,1 bilhões no ano.
banco conseguiu manter a inadimplência abaixo dos principais concorrentes do setor privado devido ao menor risco da carteira de crédito, que também cresceu em comparação com os competidores, resultando em um aumento significativo das receitas.
Ao final do trimestre, o Banco do Brasil registrou R$ 2,172 trilhões em ativos, um aumento de 7,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas uma queda de 3,4% em relação aos três meses anteriores. O patrimônio líquido atingiu R$ 173,076 bilhões, representando um aumento de 5,5% em comparação com o ano anterior.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) no trimestre foi de 22,5%, uma redução de 0,4 ponto percentual em relação ao ano anterior, mas um aumento de 1,2 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior. No consolidado do ano, o ROE foi de 21,6%, um aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao ano anterior.
A carteira de crédito do Banco do Brasil cresceu 10,3% em relação ao ano anterior, alcançando R$ 1,108 trilhão. As operações destinadas ao agronegócio foram as que mais cresceram, com um aumento de 14,7% no mesmo período. O agronegócio representa cerca de um terço da carteira do banco, sendo um segmento com histórico de baixa inadimplência.
Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo