O Palmeiras está na final do Campeonato Paulista pelo quinto ano consecutivo, um recorde na história do clube.
No retorno ao Allianz Parque após a instalação do novo gramado sintético, o time de Abel Ferreira derrotou o Novorizontino por 1 a 0, nesta quinta-feira, e vai decidir o título em clássico com o Santos.
Depois de um péssimo primeiro tempo, a equipe alviverde contou com a estrela de Endrick, que confirmou a grande fase depois de marcar pela seleção brasileira contra Inglaterra e Espanha, e se aproveitou das mexidas ruins do técnico Eduardo Baptista, comandante adversário.
A final do Paulistão está marcada para os dois próximos domingos, dias 31 de março e 7 de abril, ambos às 18h (horário de Brasília).
Depois de jogar a semifinal na Neo Química Arena, casa do Corinthians, e disputar partida da fase inicial no MorumBis, reduto do São Paulo, o Santos anunciou nesta quinta que vai utilizar a Vila Belmiro, estádio com capacidade para um público menor, no primeiro jogo da decisão.
Por ter a melhor campanha, o time alviverde faz a segunda partida em casa.
PRIMEIRO TEMPO PARA ESQUECER
Usando um uniforme todo branco, parte de uma ação contra o ódio no futebol, o Palmeiras pôde contar com Endrick, Murilo e Raphael Veiga entre os titulares, dois dias depois de o trio servir à seleção brasileira na Data Fifa – o atacante de 17 foi destaque contra Inglaterra e Espanha.
Richard Ríos, que estava com a Colômbia, e Gustavo Gómez, voltando de lesão, ficaram no banco.
Já Eduardo Baptista colocou em campo o mesmo time que despachou o São Paulo, nas penalidades, no MorumBis, incluindo o camisa 10 Rômulo, que vai se transferir para o Palmeiras ao fim do Paulistão.
A partida também marcou a estreia do novo gramado sintético do Allianz Parque. Utilizando antes um termoplástico, o campo agora tem cortiça orgânica em sua composição.
Curiosamente, os primeiros minutos da partida foram de bastante estudo por parte de ambas as equipes. O Palmeiras buscou ficar mais com a bola e apostou nas bolas esticadas para Flaco López, artilheiro do Paulistão, mas levou pouco perigo.
O time de Abel Ferreira errou passes fáceis, deixou buracos no meio-campo e quase não chutou a gol. Um dos piores 45 minutos da equipe no ano.
O Novorizontino foi a antítese do Palmeiras na etapa inicial. Escalado com três zagueiros, o time do interior demonstrou aplicação na marcação, encaixotando Endrick, e aproveitou os espaços para criar jogadas importantes de contra-ataque.
A equipe de Eduardo Baptista perdeu pelo menos quatro boas oportunidades, colocando Weverton para trabalhar em cobranças de escanteio e chutes de fora da área. Rômulo ditou o ritmo do meio-campo e foi a peça-chave para organizar a chegada dos visitantes ao ataque.
A ESTRELA DE ENDRICK
Na volta do intervalo, Eduardo Baptista desmontou o esquema com três zagueiros do Novorizontino, enquanto Abel Ferreira não modificou o Palmeiras, mas foi notável a mudança de postura.
Mais “brigador”, o time alviverde continuou apostando em jogadas conhecidas, como as bolas esticadas para Flaco López – mas desta vez funcionou.
Aos sete minutos, o argentino escorou lançamento de Mayke e encontrou Endrick livre na grande área. A joia alviverde confirmou a grande fase e colocou os donos da casa à frente do placar.
A partida ganhou contornos de tensão após o gol alviverde. Nervoso, o time do Novorizontino passou a reclamar de faltas e arrefeceu a aplicação tática.
Aníbal Moreno, sumido no primeiro tempo, ajudou o Palmeiras a ganhar disputas no meio-campo e a equipe de Abel Ferreira passou a tomar conta do jogo. Endrick precisou ser substituído por Rony após sentir um problema na coxa direita, no mesmo local onde reclamou no duelo contra a Espanha.
Eduardo Baptista precisou repensar mais uma vez a parte tática e foi para cima, tirando jogadores de defesa para empilhar atacantes.
A mudança não teve efeito e o os donos da casa continuaram soberanos na marcação, com destaque para a boa partida de Murilo, e criando lances de perigo pela faixa central, especialmente com López.
O time de Abel tentou ampliar o placar até o último minuto, mas o placar não sofreu mais alterações até o apito final.
Fonte: Estadão Conteúdo