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Pacientes “moram” em hospital psiquiátrico por falta de vagas em residências terapêuticas

Reportagem Sertão Atual

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Por Graciane Araújo

Cerca de 30 pacientes vivem como moradores no Hospital Areolino de Abreu por falta de vagas em residências terapêuticas. Um deles, por exemplo, fugiu no início deste mês da unidade psiquiátrica e foi baleado por suspeita de importunação sexual contra crianças. O Cidadeverde.com apurou que ele teve alta médica e da Justiça em 2021, mas permanece internado, pois perdeu vínculo famíliar e as “moradias” mantidas pelo estado estão com a capacidade máxima de lotação.

“O Areolino de Abreu é o único hospital em um raio de 500 km e que abraça pacientes, não só do Piauí, mas estados circunvizinhos. São pessoas que chegam aqui trazidas pelo Samu ou pela polícia, e às vezes, sem nenhum vínculo familiar. Isso tem sido uma constante no nosso hospital. Infelizmente não temos como colocar todos em residências terapêuticas. O estado tem trabalhado para colocar esses pacientes que estão em melhores condições para as residências, alguns até já foram”, disse Cida Santiago, diretora do Areolino de Abreu. 

O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) – ou residência terapêutica ou simplesmente “moradia” – são casas localizadas no espaço urbano, constituídas para responder às necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves, institucionalizadas ou não.

Na Capital há quatro “moradias” mantidas pelo Governo do Estado, cada uma com capacidade para abrigar oito pessoas, e todas lotadas. 

A diretora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), Julianne Alencar, disse que o estado está atento à situação e estão previstas a abertura de mais residências terapêuticas. 

“Faz parte do plano de expansão do governo, a construção de três novas residências terapêuticas. Ao final serão sete residências terapêuticas de gestão estadual para atender esses pacientes psiquiátricos que são considerados moradores. Ainda não vão ser suficientes. A ideia é que a gente sensibilize os municípios para que essas moradias sejam construídas também nos territórios, onde haja dispitivo a atender esses pacientes”, explica Alencar. 

Fonte: Cidade Verde

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