
A guerra comercial entre Estados Unidos e China se intensificou após a implementação, em 4 de março, de uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses, medida anunciada por Donald Trump. Em resposta, o governo de Xi Jinping afirmou estar “pronto para qualquer guerra”, seja tarifária, comercial ou outra. A China acusou os EUA de usar a questão do opioide fentanil como desculpa para aumentar as tarifas e afirmou que não aceitará pressões ou intimidações.
GUERRA DAS TARIFAS
No mesmo dia, a China anunciou aumentos de 10% a 15% nas tarifas sobre produtos dos EUA, como petróleo, veículos e produtos agrícolas. No entanto, o impacto imediato sobre a balança comercial dos EUA deve ser pequeno, já que a maior parte das importações de produtos como GLP e carros vem da Europa e Japão.
“As medidas de tarifas unilaterais violam seriamente as regras da Organização Mundial do Comércio e minam a base para a cooperação econômica e comercial entre a China e os Estados Unidos”, disse o Ministério do Comércio chinês, em um comunicado na quarta-feira, dia 5, logo após o início da aplicação da nova tarifa.
A China anunciou um aumento de 7,2% em seus investimentos no setor de defesa, superando a expectativa de crescimento econômico de 5%. Desde 2013, Xi Jinping ampliou o orçamento de defesa em 2,5 vezes.
CRESCENTE TENSÃO
Enquanto Trump deu um prazo para que as novas tarifas entrassem em vigor, sugerindo uma possível negociação, isso não ocorreu. Apesar da crescente tensão, os EUA e a China mantêm relações comerciais intensas, com importações chinesas para os EUA somando US$ 401 bilhões em 2024 e exportações dos EUA para a China chegando a US$ 131 bilhões.
Também em 4 de março, começaram a vigorar tarifas de 25% sobre produtos importados do México e Canadá.
Fonte: Meio Norte