A mãe da menina Ana Kerolayne Gomes Nunes, de 3 anos, foi presa preventivamente nesta quinta-feira (4) ao se apresentar à Polícia Civil. A mulher estava em liberdade desde 19 de junho, e foi presa pelo Departamento de Capturas da Polícia Civil, em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela Justiça.
Ela e o padrasto da criança foram indiciados pelos crimes de tortura e feminicídio qualificado, no contexto de violência doméstica e familiar em Esperantina, a 190 km de Teresina. Os dois foram presos em 22 de abril, no dia em que a criança teve morte encefálica.
O padrasto está preso desde então. Ele teve a prisão temporária convertida em preventiva, e permanece na Penitenciária Luiz Gonzaga Rebelo, em Esperantina.
Tortura e assassinato
As investigações foram conduzidas pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis (DEAMGV-Esperantina) e Delegacia Seccional de Esperantina.
“Concluiu-se que a criança, desde quando foi morar na cidade de Esperantina, no início do ano de 2024, foi submetida a constantes episódios de tortura. Além disso, ficou comprovado que no dia 14 de abril de 2024, o casal, de forma cruel, promoveu a morte da vítima, mediante o recurso da tortura”, informou a delegada Polyana Oliveira, responsável pelo caso.
Morte encefálica
O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) confirmou no dia 22 a morte encefálica da menina, que deu entrada no hospital no dia 15 de abril com sinais de agressão física. Segundo familiares de Ana, a menina foi internada com diversas fraturas pelo corpo e em estado gravíssimo.
O HUT e a família confirmaram que o protocolo de morte encefálica foi aberto no dia 19 e encerrado dia 22, quando a morte encefálica dela foi confirmada.
O corpo de Ana Kerolaynne foi entregue a família. O velório aconteceu em Teresina, onde a menina morava há vários meses. Ela e a irmã já estavam matriculadas em escolas da capital.
Fonte: G1 PI