
Em ato político realizado nesta quarta-feira (11), parlamentares da federação União Progressista anunciaram que irão se opor a qualquer proposta de aumento de impostos que não venha acompanhada de medidas concretas para cortar gastos públicos.
O anúncio foi feito pelo presidente da federação, Antonio Rueda, que criticou duramente a política fiscal do governo federal e classificou a situação atual como um “ciclo vicioso de taxação sem fim”.
Ciro Nogueira (PP-PI) complementou argumentando que não era um anúncio contra o governo, mas que iria traçar um limite: “como diz na minha terra, no meu Piauí, com a risca de giz no chão, de quem é contra e quem é a favor de aumentar impostos no nosso país”. Ele também defendeu que é chegado ao momento dos três poderes darem sua contribuição: “principalmente o judiciário”.
“A escalada de desequilíbrio fiscal criada pelo atual governo entrou numa rota sem saída. A cada novo rombo no orçamento, a resposta tem sido mais impostos para quem produz e trabalha”, afirmou Rueda. Segundo ele, o governo arrecada mais, gasta mais, e repete o ciclo, penalizando a população e entregando poucos resultados.
Rueda afirmou que o Brasil já arrecada, proporcionalmente ao PIB, mais do que países do G7 — grupo das maiores economias do mundo — e oferece menos em serviços públicos. “Imposto demais é veneno, não remédio”, declarou, ao defender que o Executivo dê o exemplo cortando desperdícios e adotando austeridade.
A União Progressista informou que irá reunir suas bancadas na Câmara e no Senado para fechar questão contra qualquer aumento de tributos que não venha acompanhado de uma “vigorosa e crível” proposta de redução de despesas. “Só aceitaremos examinar qualquer discussão fiscal se a coluna das despesas estiver no centro do debate”, disse Rueda.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) reforçou o posicionamento da federação e negou que a manifestação seja contra o governo, mas sim em defesa da sociedade. “Esse anúncio não é contra o governo, é a favor do povo brasileiro. Estamos traçando um limite, uma linha clara entre quem é a favor e quem é contra aumentar impostos no Brasil”, declarou.
Ciro também defendeu que, após a aprovação do estatuto da União Progressista, será discutida a proibição de membros da federação integrarem cargos no governo federal. Segundo ele, a medida busca preservar a independência do grupo e garantir coerência política.
“Temos respeito pelo ministro Fernando Haddad, com quem já dialogamos, mas divergimos profundamente da condução econômica atual. O que falta hoje é transparência, previsibilidade e competência para enfrentar a crise fiscal. A União Progressista não se furtará a ajudar o país ”, concluiu o senador.
Fonte: Meio Norte