
A hipertensão arterial é uma condição traiçoeira: não dói, não dá sinais claros e, quando aparece, muitas vezes já sofreu estrago sério. Infarto, AVC, insuficiência renal… tudo isso pode ser consequência de uma pressão alta fora de controle.
No Brasil, o cenário é preocupante: segundo o estudo internacional PURE (Population Urban and Rural Epidemiology), cerca de 45% da população é hipertensa. E o mais assustador: muita gente só descobre que tem o problema quando passa por uma emergência médica.
“É justamente a ausência de sintomas que tornam a hipertensão tão perigosa. As pessoas só se preocupam quando já estão em risco”, alerta o cardiologista Dr. Roberto Yano.
5 sinais de que sua pressão pode estar pedindo socorro
Embora às vezes silenciosa, a hipertensão pode dar alguns recados. Fique atento a esses sintomas:
- Dor de cabeça frequente, especialmente na nuca
- Tontura ou sensação de desequilíbrio
- Visão embaçada ou turva
- Falta de ar ao fazer pequenos esforços
- Palpitações ou sensação de coração acelerado
Se você tem alguns desses sintomas com frequência, não ignore. Pode não estar “só cansado”.
Prevenção: o caminho mais inteligente
Segundo o Dr. Yano, o segredo não é uma combinação: alimentação, atividade física e controle emocional.
“A adoção de hábitos saudáveis ao longo da vida reduz bastante o risco não só da hipertensão, mas de todas as doenças cardiovasculares”, afirma.
Aqui vai o básico que todo mundo sabe, mas poucas colocamos na prática:
- Reduza o sal e prefira alimentos naturais
- Mova o corpo todos os dias (vale caminhada, dança, o que der prazer)
- Evite cigarro e modere sem álcool
- Controle o peso e fuga do sedentarismo
- Vá ao médico mesmo sem sentir nada
Tratamento: não pare só porque se sente bem
O tratamento da hipertensão varia de acordo com a gravidade do quadro e o perfil de cada paciente. Na maioria dos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos é necessário, em conjunto com a mudança no estilo de vida.
“Muita gente para de tomar o remédio porque acha que está tudo certo. Aí vem a surpresa: uma crise que poderia ter sido evitada”, reforça o Dr. Roberto Yano .
Fonte: Cidade Verde