A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) faz um alerta, em uma diretriz lançada na quarta-feira (21), para o uso de medicamentos que podem afetar diretamente a habilidade de dirigir um veículo, resultando em acidentes de trânsito.
O documento, com 34 páginas, lista uma série de remédios, como analgésicos, relaxantes musculares, ansiolíticos e antidepressivos, que podem causar efeitos colaterais. (Veja efeitos abaixo).
A preocupação da associação se dá pelas altas taxas de consumo de remédios no Brasil. Dados divulgados pela Fundação Instituto de Administração (FIA), em conjunto com o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (IBEVAR), registram que a compra de medicamentos já responde a 6,5% dos gastos das famílias brasileiras.
O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos divulgou que a venda de medicamentos psiquiátricos disparou no Brasil após a pandemia. De 2019 a 2022, o consumo de remédios para ansiedade cresceu 10%, enquanto o de sedativos – usados para dormir – aumentou 33% e o de antidepressivos saltou 34%.
“Não queremos questionar o uso de medicamentos, mas essa diretriz é mais um mecanismo para garantir que o paciente tenha o melhor resultado possível, com segurança em outros campos de sua vida”, afirma Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet.
Veja as classes de medicamentos e os efeitos prejudiciais à direção, segundo a associação
Fonte: SBT News