O Piauí é o terceiro estado brasileiro com o maior número de casos de doença falciforme, em termos proporcionais. No Piauí, a cada 100 mil habitantes 6,23 são portadores da doença. Os estados que estão à frente do Piauí nesse ranking são a Bahia (9,46 casos a cada 100 mil habitantes) e São Paulo (6,52 /100 mil habitantes).
A doença falciforme tem origem genética, ou seja, que pode ser passada de pais para filhos. Ela tem expressiva mortalidade e morbidade, e pode reduzir a capacidade de trabalho e expectativa de vida.
“Na maioria dos casos, os pais são portadores do gene sem apresentar a doença”, comenta a infectologista da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Amparo Salmito. Dentre os sintomas, estão anemia, pés e olhos amarelos, inchaço nos pés e mãos, episódios repentinos de dores intensas, infecções mais severas especialmente em crianças, entre outros.
O diagnóstico da doença falciforme é feito por meio do teste do pezinho, que deve ser realizado entre o terceiro e quinto dia de vida. No caso de adultos, ela pode ser detectada por meio do exame chamado eletroforese de hemoglobina, também ofertado pelo SUS.
Para chamar atenção sobre a doença, o Ministério da Saúde definiu o dia 19 de junho, como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme. Para marcar a data em Teresina, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) faz um alerta à população sobre a condição, que pode ser detectada ainda na infância e acompanhada pelos serviços do SUS, garantindo uma melhoria na qualidade de vida aos seus portadores.
Amparo Salmito esclarece que o acompanhamento de casos mais simples é feito pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde serão encaminhados para os centros de especialidade conforme a idade – Hospital Lucídio Portela até os 16 anos e Hemopi acima dos 16.
“Casos de dor intensa ou sintomas muito importantes devem buscar atendimento hospitalar”, orienta a médica.
Nas UBS, a abordagem é iniciada desde as consultas de pré-natal, acompanhando o crescimento das crianças na puericultura, com orientações sobre a realização do teste do pezinho e fazendo a promoção da saúde para os pacientes diagnosticados com orientação de hábitos saudáveis, saúde bucal, atenção à saúde da mulher e do homem; além de verificar se o acompanhamento especializado de forma recorrente está sendo realizado e o uso correto das medicações diárias.
Amparo Salmito ressalta que o tratamento consiste em se manter muito bem hidratado, procurar atendimento médico se iniciar um quadro infeccioso e realizar acompanhamento especializado com hematologista de rotina. “O paciente não pode deixar de usar medicações para controle e prevenção de crises”, alerta.
Fonte: Cidade Verde