Com a chegada de setembro, o Brasil se prepara para uma nova onda de calor que começará na próxima segunda-feira, 2 de setembro. Este fenômeno é previsto para ser o mais intenso de 2024 até agora, de acordo com a Climatempo.
5ºC ACIMA DA MÉDIA
A expectativa é de que as temperaturas aumentem até 5ºC acima da média em várias cidades, especialmente no Centro-Sul e nas regiões Norte, incluindo Amazonas, Rondônia e Pará
TEMPERATURAS ELEVADAS
No Centro-Oeste, temperaturas poderão ultrapassar os 42ºC em estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, variando entre 41ºC e 44ºC em algumas áreas. São Paulo, particularmente na faixa leste, e o noroeste do Paraná também enfrentarão temperaturas acima dos 40ºC.
A meteorologista Desirée Brandt, da Nottus Consultoria, alerta que a onda de calor deve persistir até 12 de setembro, mantendo o céu limpo e dificultando a formação de chuvas.
“Agosto já termina com o tempo firme em grande parte do país e com as temperaturas bem mais altas. Não dá nem para acreditar que no fim de semana passado tivemos neve na serra de Santa Catarina e termômetros abaixo de zero em São Paulo. A partir da semana que vem, a situação fica bastante preocupante”.
O QUE PROVOCA ESSA ONDA DE CALOR?
A onda de calor é causada por um sistema de alta pressão que age como uma barreira, impedindo a formação de chuvas e reduzindo a chegada de frentes frias. A Organização Meteorológica Mundial (WMO) define uma onda de calor como um período de pelo menos três dias com temperaturas 5ºC ou mais acima da média. As áreas mais afetadas por este fenômeno incluem Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo, com algumas regiões experimentando aumentos de até 4ºC acima da média.
ATENÇÃO À AGRICULTURA E À SAÚDE
A manutenção do clima extremamente seco, quadro que se estende há meses, é um dos principais gatilhos para os incêndios que assolam o país nas últimas semanas, explica Desirée Brandt.
No interior de São Paulo, por exemplo, mais de 105 municípios foram atingidos por queimadas entre 21 e 26 de agosto, causando mortes, cancelamento de aulas, bloqueios em rodovias, abandono de residências e prejuízos que ultrapassam R$ 1 bilhão na agricultura e na pecuária.
“Com essa condição de tempo quente e seco que temos agora e vamos continuar presenciando, o número do surgimento de focos incêndios pode aumentar”, diz.
A especialista ouvida pela Globo Rural alerta para os cuidados com a saúde que devem ser adotados por causa das queimadas.
“Umidificadores são muito bem-vindos, porque a umidade relativa do ar vai despencar, e a hidratação será vital. Além disso, não é recomendado praticar exercícios ao ar livre no período da tarde, quando teremos as maiores temperaturas do dia e os menores índices de umidade relativa do ar. Esse ar sujo e a presença de fuligem são muito prejudiciais”, orienta.
Fonte: Globo Rural