A onda de calor que atinge parte do Brasil nesta semana impulsionou a demanda por energia a atingir recordes consecutivos, conforme indicam dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Na terça-feira (14), por volta das 14h20, a demanda no Sistema Interligado Nacional (SIN) alcançou aproximadamente 101,5 GW, superando em 0,5% o recorde anterior de 100,9 GW registrado na segunda-feira (13) às 14h17.
O recorde anterior era de 97.659 MW, medido em 26 de setembro deste ano. A elevação nas temperaturas, decorrente da massa de ar quente, tem gerado um aumento significativo na demanda por energia. O uso intensificado de aparelhos como ares-condicionados, ventiladores e outros dispositivos elétricos é apontado como um dos principais motivos desse aumento.
De acordo com o ONS, a demanda por energia teve um aumento de 16,8% desde o início de novembro, passando de 86,8 GW para os atuais 101,5 GW. Apesar desse crescimento expressivo, o ONS assegura que o sistema elétrico está preparado para atender a essa demanda elevada, enfatizando a robustez e a segurança do Sistema Interligado Nacional.
No momento em que o novo recorde foi alcançado, as fontes de geração de energia estavam distribuídas da seguinte forma: hidrelétricas representavam 59,8%, térmicas 11,5%, eólicas 9,5%, solar centralizada 8,4%, e solar gerada por consumidores 11,2%. Essa diversidade de fontes contribui para garantir o suprimento de energia em momentos de alta demanda.
Nesta terça-feira, o Rio de Janeiro registrou a maior sensação térmica desde 2014, com 58,5 graus Celsius (°C). A medição foi feita pela estação do serviço municipal de meteorologia Alerta Rio em Guaratiba, na zona oeste da cidade. No momento, os termômetros marcavam 35,5°C.
Fonte: Meio Norte