O segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado neste domingo (12), não trouxe muitas surpresas aos candidatos. Para a equipe de professores do Colégio Madre Savina, as questões abordaram conteúdos cobrados em edições anteriores e não exigiam dificuldade para a resolução.
Ao todo, os candidatos tiveram que responder 90 questões, endo 45 de matemática e 45 de ciências da natureza, que engloba biologia, física e química.
Matemática
Ao Cidadeverde.com, o professor Romário Leite afirmou que o Enem seguiu o mesmo padrão de questões com enunciados bem elaborados.
“Fazendo uma análise rápida da prova, foi dentro do que a gente esperava. O padrão do Enem se repete, se mantém. É uma prova de muita leitura nos enunciados, os conteúdos frequentes nas provas anteriores se repetiram, uma parte de razão e proporção, funções e estatística, sempre presente”, destacou.
O professor ainda pontuou que muitas questões de matemática eram de resolução simples, com respostas presente no próprio enunciado. “Tivemos muitas questões com apenas a análise de gráfico e tabelas, onde o aluno não precisaria fazer nenhum cálculo, apenas ler as informações e responder, bem simples”, disse.
Biologia
O semelhante aconteceu em biologia, que abordou desde assuntos mais tradicionais como ecologia, fisiologia humana, reprodução e metabolismo celular, até mesmo temas atuais, como a vacina de RNA mensageiro.
“Tivemos uma prova totalmente dentro dos padrões, com os temas esperados. Ficamos felizes com a qualidade da prova, sem nenhuma queixa a respeito de gabarito”, declarou o professor Tharcio Adriano.
Professor Tharcio Adriano de Biologia
Física
Já na parte de física, o professor Wendell Marques citou que além da parte de cálculo, os candidatos tiveram que responder questões mais teóricas. “Foram surpreendidos com oito questões teóricas, onde apenas com a análise de texto básico e fatos cotidianos eram suficientes para desenvolver a questão”, avaliou.
Mesmo com uma prova de física abordando assuntos tradicionais como ondulatória, princípios da óptica, leis de Newton, calorimetria e interferência, o professor acredita que as questões não eram difíceis de serem respondidas. “Uma prova considera fácil. A física não foi, esse ano, uma pedra no sapato”, afirmou.
Química
O professor de química, Argeomar Alves, também avaliou que as questões da matéria foram “tranquilas” para os candidatos em geral, somente uma, ele considerou mais “trabalhosa”.
“Uma prova onde o nível vamos dizer assim não foi um nível elevado, foi bom para o aluno com certeza, muitos gostaram da prova de química. Excetuando uma questão de Estequiometria, que tinha que fazer análise gráfica, então aquela questão traz muito trabalho e o aluno possivelmente ficou preso muito tempo nela”, analisou.
Professor Argeomar Alves de química
Ele disse ainda que teve assuntos nunca cobrados como a aplicação do PV=nRT, mas que era uma questão fácil com aplicação direta da fórmula. Sendo apenas três questões de cálculo.
De acordo com o professor, as outras questões estavam associadas principalmente à química verde e ao meio ambiente sobre água dura; detergente biodegradável, inseticida também teve perguntas sobre qualidade da gasolina, refrigerante, gás etileno e ligação iônica. Argeomar Alves destacou ainda questões sobre energia nuclear.
“Foi uma prova boa, trazendo os conceitos relacionados principalmente ao meio ambiente(…) Acredito que o aluno em geral não teve tanta dificuldade na prova de química, excetuando essa questão da estequiometria, que é uma questão muito mais trabalhosa do que um elevado nível de dificuldade. Prova muito bem elaborada e espero que todos tenham um bom desempenho na sua nota”, finalizou o professor.
Fonte: Cidade Verde