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SANTANA DO PIAUÍ

Família contesta versão policial sobre morte em operação contra tráfico de drogas

Família da vítima contradiz a versão da polícia sobre a morte de Adriano do Frango durante a Operação Santana em Santana do Piauí…

Reportagem Sertão Atual

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Adriano José de Brito - Foto: Divulgação
Adriano José de Brito - Foto: Divulgação

Em meio a uma operação policial que culminou na morte de Adriano José de Brito, conhecido como Adriano do Frango, no povoado Barro, zona rural de Santana do Piauí, a versão apresentada pela família da vítima contradiz diretamente a narrativa oficial da Polícia Civil. O confronto ocorreu durante a chamada Operação Santana e, segundo a polícia, foi resultado de legítima defesa após Adriano supostamente apontar uma arma para os policiais.

No entanto, detalhes conflitantes emergiram em relação ao desenrolar dos eventos que levaram à fatalidade. A versão da polícia, conforme apresentada no ofício requisitado pela Polícia Civil de Picos, através do Delegado Petrônio e datado de 22 de agosto de 2023, descreve um cenário de confronto onde os policiais foram forçados a agir em legítima defesa.

Segundo informações da Polícia Militar, através do comandante do BEPI, TC Alves, a equipe da 3ª CIA BEPI/PICOS, em suporte à Operação Santana, tentou verbalizar a entrada no local várias vezes, porém sem sucesso. Os policiais escalaram o muro e adentraram pelo sobrado. No interior do imóvel, ao ser identificada como a polícia, a equipe foi confrontada por Adriano, que estava portando um revólver. O relato prossegue dizendo que Adriano fez menção de disparar contra os policiais, o que resultou em sua neutralização por três disparos de uma pistola de carga da PMPI.

Ainda segundo o relato do boleto do BEPI, a esposa de Adriano, Carina Cavalcante, que também estava presente no local, relatou à polícia que Adriano tinha desafetos e sempre portava uma arma de fogo. Ela afirmou ter testemunhado Adriano apontando a arma para disparar contra os policiais.

Família contesta versão da Polícia

A narrativa da família, representada por um homem identificado por Francisco, sobrinho da vítima, contesta vigorosamente essa versão. Segundo a família, não houve qualquer tipo de confronto ou ameaça por parte de Adriano. Alegam que os policiais invadiram a residência por volta das 4h30 da manhã, antes do horário legal permitido, e que Adriano, ao ouvir o barulho, pegou uma arma, mas a baixou quando os policiais anunciaram sua presença como “polícia”. Então, de acordo com a versão da família, os policiais entraram atirando no quarto.

Diante dessas contradições, a família de Adriano busca esclarecimentos e justiça para os eventos que resultaram em sua morte. A situação levou à solicitação de abertura de um processo junto ao Ministério Público para investigar a atuação da polícia na operação.

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