Os médicos que atuam na rede municipal de Teresina decidiram fazer uma paralisação de advertência na próxima segunda-feira (22) contra as atuais condições de trabalho da categoria. Os serviços de urgência e emergência não serão afetados, apenas os serviços eletivos.
A categoria decidiu realizar a paralisação após uma Assembleia Geral Extraordinária que foi realizada na noite de quarta-feira (17). Os médicos reivindicam concurso público, reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
“Os médicos estão revoltados com a Prefeitura de Teresina porque até agora não tivemos cumpridas as promessas do prefeito de concurso para os médicos, condições de trabalho e nosso aumento da carreira médica, acabamos decidindo por uma paralisação para o dia 22”, informou a médica Lúcia Santos, que é presidente do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi).
Foto: Simepi
Eles buscam um acordo em relação principalmente a realização de um novo concurso público, que segundo a categoria, foi prometido que seria realizado ainda neste ano, mas que a Fundação Municipal de Saúde adiou para 2024, mas que até agora ainda não foi confirmado. Eles também reivindicam o pagamento para a categoria do piso estabelecido pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
Crise na saúde
A situação da saúde pública municipal tem sido alvo de discussões nos últimos dias, após a situação se agravar em dezembro quando ocorreu a retirada de equipamentos de ultrassonografia e radiografia do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e de mais outra 12 unidades de saúde, após a empresa fornecedora das máquinas alegar que está há 18 meses sem receber pagamentos por parte da Fundação Municipal de Saúde (FMS). Os equipamentos foram devolvidos após um acordo entre a empresa e a prefeitura.
Além disso, ocorreu uma mudança na gestão da Fundação Municipal de Saúde (FMS), com a saída de Ari Ricardo e a entrada do médico Ítalo Costa, que era o diretor do HUT. Já no Hospital de Urgência assumiu o médico Élio Rodrigues.
Fonte: Cidade Verde