
O Supremo Tribunal Federal (STF) está adotando medidas para proteger seu site oficial contra ataques cibernéticos, incluindo o uso de verificações de captcha para distinguir acessos humanos de robôs maliciosos. A decisão ocorre após um incidente em agosto de 2023, quando o portal do tribunal ficou indisponível por dez minutos devido a um ataque do tipo DDoS (negação de serviço distribuído), que sobrecarregou o sistema com milhares de acessos simultâneos.
Desde 23 de março, os usuários que acessam o site do STF podem se deparar com um desafio de segurança que exige a identificação de imagens específicas – como bolsas, cadeiras ou cortinas – antes de prosseguir. “Vamos confirmar que você é humano”, diz a mensagem exibida pela ferramenta, que foi ajustada para aparecer a cada hora de navegação, após testes iniciais mais restritivos.
O reforço na segurança digital acontece em um contexto de tensões políticas e ataques anteriores a órgãos públicos, como a Anatel e a Polícia Federal, que também foram alvos de sobrecargas artificiais. O STF afirma que a medida visa proteger dados sensíveis e garantir o funcionamento estável do sistema, evitando que serviços essenciais sejam interrompidos por ações coordenadas.
A adoção do captcha segue tendências globais de proteção cibernética, especialmente em instituições que lidam com informações críticas. Embora possa causar algum atraso pontual para usuários legítimos, o tribunal considera a ferramenta necessária para blindar sua infraestrutura contra tentativas de sabotagem.
Enquanto isso, o STF mantém outros mecanismos de defesa digital, incluindo monitoramento constante de tráfego e parcerias com especialistas em segurança da informação. A expectativa é que as novas barreiras reduzam riscos sem prejudicar o acesso democrático aos serviços judiciais.
Fonte: Meio Norte