O Procon e o Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM) firmaram uma parceria para fiscalizar, em conjunto, a atuação de clínicas de estética de todo o Piauí. O objetivo é impedir o funcionamento dos estabelecimentos que não tiverem profissionais capacitados, condições de estrutura apropriada ou outras irregularidades.
Segundo o presidente do CRM, o médico João Moura Fé, os estabelecimentos irregulares levam aos pacientes risco de complicações, doenças e até de morte.
“São problemas inúmeros. Além da extrapolação da sua atividade estética. Por exemplo, procedimentos invasivos, injeção de medicamentos, anestésicos, botox de origem duvidosa, sem a legítima regulamentação. São crimes contra a incolumidade pública, que pode causar danos à sociedade”, comentou.
O médico disse ainda que as pessoas que executam os serviços de estética sem terem sido devidamente treinados não têm conhecimentos para lidar com os pacientes quando ocorrem complicações.
“São procedimentos invasivos, atividades exclusivas e privativas de médicos, e que devem ser executadas em ambiente hospitalar, e não num estabelecimento ‘na esquina’, sem profissionais habilitados tecnicamente, incapazes de tratar as complicações, caso haja”, disse.
No início de setembro, uma clínica de estética foi fechada pela Polícia Civil em Parnaíba, no Norte do Piauí. Segundo o delegado Ayslan Magalhães, O estabelecimento oferecia mais de 20 procedimentos com o preço único de R$ 40, incluindo “lipo de papada”, procedimento feito por médicos cirurgiões plásticos.
Conforme a polícia, as principais reações dos pacientes eram queimaduras de 1º grau. A investigação apontou que a clínica não tinha um profissional habilitado nem alvará de funcionamento, e não tinha problemas com a esterilização de objetos.
Fonte: G1 PI