O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quarta-feira (5), tem como tema neste ano a “restauração de terras, desertificação e resiliência à seca”, problema que agrava as secas no Brasil.
Uma pesquisa da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), feita entre 2004 e 2022, mostra que as regiões desérticas estão intensificando a falta de chuvas no semiárido do nordeste brasileiro, causando cada vez mais perda do bioma.
Neste ano, o governo federal retomou a Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD), com o objetivo de estabelecer estratégias e promover articulação entre as ações das políticas públicas. A principal meta é a implementação da Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, compromisso firmado na Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação.
“A humanidade depende da terra. No entanto, em todo o mundo, uma combinação tóxica de poluição, caos climático e destruição da biodiversidade está transformando terras saudáveis em desertos e ecossistemas prósperos em zonas mortas. Estão aniquilando florestas e pastagens, e drenando a capacidade da terra de sustentar ecossistemas, agricultura e comunidades”, afirmou António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com a ONU, a desertificação afeta mais de 3 bilhões de pessoas no mundo. “Prejudica desproporcionalmente aqueles que são menos capazes de fazer algo a respeito: comunidades rurais, pequenos agricultores e os extremamente pobres”, diz Johan Robinson, diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Para a ONU, a solução passa pela restauração de ecossistemas e terras degradadas.
“Eles devem usar seus novos planos nacionais de ação climática para estabelecer como irão deter e reverter o desmatamento até 2030. E precisamos aumentar drasticamente o financiamento para apoiar os países em desenvolvimento a se adaptarem a condições climáticas violentas, proteger a natureza e apoiar o desenvolvimento sustentável”, diz Guterres.
Fonte: SBT News