Por Graciane Araújo
Gleison Ferreira Silva apontado como o atirador que matou o empresário Petrônio Nunes de Lima, em uma loteria, no Centro de Teresina, confessou o crime. Ele foi preso nesta sexta-feira (15) e, em depoimento, ele não delatou a participação dos demais envolvidos e se reservou apenas a falar sobre a ação em si, que foi gravada por câmeras de segurança. Hoje, além dele, foi presa uma mulher, que teria alugado a arma, e um adolescente de 14 anos responsável por guardar o revólver após o latrocínio do dono da loteria.
O delegado Jorge Terceiro, que preside o inquérito policial, diz que todos os envolvidos, maiores de idade, são reincidentes em crimes com violência contra a pessoa e que “não podem estar soltos na sociedade”.
“Desde o dia 13 que estávamos em campo. Primeiro foi preso o suspeito que deu apoio, participou de toda a logística, inclusive utilizando o carro particular dele. Hoje prendemos o executor direto. Ele foi interrogatório gravado, confessou, se disse arrependido, que não tinha a intenção de tirar a vida, que achou que ação seria simples e rápida, mas confirmou toda a ação. Não discorreu sobre onde teria obtido a arma de fogo e, posteriormente, que o auxiliou”, disse o delegado Jorge Terceiro, presidente do inquérito policial.
Gleison Ferreira Silva é condenado por homicídio qualificado, tráfico de drogas e responde mais dois processos por roubo majorado e receptação. Ele foi levado para a Central de Flagrantes e será levado para audiência de custódia, neste sábado (16).
Arma alugada
Investigação da Polícia Civil aponta que a arma usada no crime teria sido alugada. O revólver teria sido cedido, mediante valor ainda não informado, pela mulher que também foi presa hoje. O delegado Tales Gomes, diretor de Operação Especiais, explica que Jaciara Pires Rodrigues assumiu as funções criminosas do marido que está preso.
“A informação preliminar é que ela alugava essa arma. Assumiu o papel do marido, após a prisão dele. Contra Jaciara havia um mandado de prisão em aberto pelos crimes de roubo e tráfico de drogas de decorrente de condenação”, disse Gomes.
Jaciara Pires Rodrigues estava foragida do sistema prisional desde após saída temporária. A arma, que teria sido usada no crime, foi apreendida com um adolescente de 14 anos, vizinho de Jaciara, que também foi apreendida.
Vítimas monitoradas
O delegado Jorge Terceiro disse que os criminosos monitoraram as vítimas por mais de 1 hora. Isac da Silva Nascimento, o primeiro preso, era monitorado por tornozeleira eletrônica e toda a movimentação dele, no entorno da loteria, também ficou registrado.
“Constatamos todo o itinerário pelo monitoramento da tornozeleira que constatou que por horas eles ficaram no perímetro da loteria. Por volta de 40 minutos ficaram parados na esquina da loteria. Quando o executor se dirigiu para a lotéria, o comparsa foi para a rua de trás aguardar. Mas como a situação saiu do controle deles, quando o Gleison voltou para o carro, o comparsa não estava mais lá”, disse Terceiro.
O delegado disse que a investigação segue para confirmar ou descartar a possibilidade de envolvimento de mais pessoas.