Uma manifestação oficial da chancelaria brasileira está condicionada à apresentação formal do embaixador brasileiro em Tel Aviv
O Itamaraty mantém-se em espera até que ocorra a conversa solicitada pelo governo israelense com o embaixador brasileiro em Tel Aviv, mesmo depois das declarações de Lula, comparando as mortes de palestinos em Gaza à matança de judeus na Alemanha nazista de Adolf Hitler
O Itamaraty não planeja agravar a situação da crise diplomática. Uma manifestação oficial da chancelaria brasileira está condicionada à apresentação formal do embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, na chancelaria de Israel, o que está agendado para esta segunda-feira (19). Ele foi convocado pelo governo israelense para prestar esclarecimentos, o que indica um claro sinal de descontentamento.
O governo de Israel ameaçou o Brasil com possíveis reprimendas. O Itamaraty espera que isso se restrinja à convocação do embaixador brasileiro e que o assunto se acalme com o passar dos dias.
Enquanto isso, o Palácio do Planalto emitiu uma nota por meio da SECOM na noite de domingo, após as repercussões das declarações do presidente. A nota diz “o presidente Lula condenou desde o dia 7 de outubro os atos terroristas do Hamas” e que “se opõe a uma reação desproporcional e ao sofrimento de mulheres e crianças na Faixa de Gaza”. O comunicado, no entanto, não abordou especificamente a crise diplomática nem a convocação do embaixador do Brasil em Israel.
Fonte: Brasil 247