
O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) julgou, na tarde desta segunda-feira (14), o pedido liminar de habeas corpus da vereadora Tatiana Medeiros (PSB) e decidiu manter a parlamentar presa. Ela é suspeita de utilizar dinheiro de uma facção criminosa para comprar votos nas eleições de 2024, em Teresina. A decisão ocorreu em uma votação online, na qual, dos sete juízes, 5 votaram contra a soltura da parlamentar.
O juiz relator do julgamento se manifestou favorável à soltura da vereadora, desde que submetida a medidas cautelares. Em seu voto, argumentou que a prisão preventiva deve estar amparada na atualidade dos fatos, ou seja, exige fundamentos concretos e recentes, além de proporcionalidade na aplicação da medida, o que não foi seguido pela maioria. Veja:
- Proibição de se ausentar da comarca
- Obrigação de se apresentar mensalmente ao juízes
- Proibição de se comunicar com outros investigados
- Suspensão do exercício da função pública e manter contato com servidores
- Uso de tornozeleiras
- Proibição do uso de redes sociais
PRISÃO
Tatiana está presa preventivamente em uma sala de Estado-Maior no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí desde a última sexta-feira (4), quando passou por uma audiência de custódia.
Entre os crimes apontados pela investigação da Polícia Federal estão lavagem de dinheiro, compra de votos, sufrágio ilícito e falsidade ideológica em matéria eleitoral. A parlamentar foi presa na manhã de quinta-feira (3), em seu apartamento, na zona Leste de Teresina.
ASSESSORES ALVOS DA PF
Na manhã desta segunda-feira (14), a Procuradoria da Câmara Municipal de Teresina confirmou o afastamento de três servidores comissionados ligados à vereadora Tatiana Medeiros, por determinação da Polícia Federal. São eles:
- Stênio Ferreira Santos (padrasto da vereadora, nomeado na sala da Presidência)
- Edilene Sani de Melo
- Dariele de Melo Pedreiras
Então, cumprindo a decisão judicial, esses três servidores foram afastados das funções exercidas aqui na Câmara. Estão também proibidos de ingressar no prédio e de se comunicarem com os servidores desta Casa, afirmou o procurador-geral, Pedro Ricardo.
Fonte: Meio Norte