O Ministério Público do Trabalho, através do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, resgatou 17 trabalhadores em situação análoga à de escravidão no município de Castelo do Piauí. O Grupo reuniu representantes do Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Polícia Federal e Defensoria Pública da União.
Dentre as irregularidades constatadas pelo Grupo de Fiscalização, constava a estrutura do casebre onde os trabalhadores eram hospedados, com condições sanitárias precárias, falta de locação para os funcionários, fazendo com que muitos dormissem na cozinha, ausência de instalações sanitárias adequadas e ausência de equipamentos de proteção para execução dos trabalhos.
Os trabalhadores estavam atuando na extração da palha da carnaúba. A maior parte dos trabalhadores eram oriundos de regiões vizinhas, dos municípios de Castelo do Piauí e Buriti dos Montes. Segundo informações colhidas pelas equipes no local, parte dos trabalhadores não tinham carteira de trabalho registrada. Eles recebiam pagamentos através de diárias equivalentes a R$ 70. A maioria já estava na atividade desde julho.
No local, 17 trabalhadores estavam alojados. Havia somente um banheiro com sanitário, que não estava funcionando e um chuveiro para banho, fazendo com que muitos deles, optassem por tomar banho no rio, localizado nas proximidades do alojamento. As refeições eram produzidas por um dos trabalhadores no alojamento. Do alojamento para a frente de trabalho, os trabalhadores tinham que caminhar cerca de 3km. Era lá também que, debaixo de árvores e sentados no chão, eles faziam as refeições.
Fonte: Conecta Piauí
